Após o veto presidencial ao projeto que incluía 81 municípios mineiros na área de atuação da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM/MG), recebeu alguns deputados mineiros e o senador Davi Alcolumbre (DEM/AP) para um almoço na tarde desta quarta-feira (23) em sua residência em Brasília.
Participaram do encontro lideranças do PSDB, entre eles o presidente do partido no Estado, deputado Paulo Abi-Ackel (PSDB), e o líder da bancada tucana na Câmara, deputado Rodrigo de Castro (PSDB). Além disso, estiveram presentes os deputados Aécio Neves (PSDB), Bilac Pinto (DEM), e o suplente do senador Antônio Anastasia (PSD), Alexandre Silveira, que atualmente é diretor de assuntos técnicos e jurídicos do Senado.
A pauta principal do encontro foi a discussão de uma estratégia para derrubar o veto do presidente Jair Bolsonaro. O senador mineiro Antonio Anastasia (PSD) não compareceu porque, segundo sua assessoria, ele já tinha outros compromissos. Já o senador Carlos Viana (PSD), vice-líder do governo e relator do projeto no Senado, estava no Palácio do Planalto.
No entanto, em áudio enviado ao jornal O Tempo, Viana disse que já havia um acordo com a Casa Civil para reverter o veto. "A Casa Civil, juntamente com a liderança, fechamos um acordo para buscarmos a derrubada do veto. O ministro da Economia, diante do impasse da crise política, se manifestou diante da possibilidade de uma medida provisória que corrigiria o que eles entendem como ilegalidade no projeto e vamos cobrar politicamente do governo uma solução para que Minas Gerais seja atendida e 81 cidades possam ter realmente o benefício. É uma insensibilidade absurda do ministro Paulo Guedes", disparou.
Além da discussão sobre a derrubada do veto ao projeto que incluiu municípios do Vale do Rio Doce na região da Sudene, a assessoria do deputado Aécio Neves informou que também foi discutido na reunião com Pacheco o projeto de quebra de patentes, relatado pelo parlamentar na Câmara e que pode voltar ao Senado.
Procurada, a assessoria de Rodrigo Pacheco confirmou o almoço e informou que foram discutidos outros temas, mas que o assunto principal foi a construção de uma estratégia para derrubar o veto presidencial.