Ônibus

Seguro garantia não foi pago à BHTrans durante um ano, diz CPI

Integrantes da CPI da Câmara Municipal da capital estiveram na Transfácil e na SetraBH

Por Lucas Henrique Gomes
Publicado em 21 de setembro de 2021 | 22:06
 
 
 
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Com o intuito de averiguar quais são os impedimentos de ordem técnica que dificultam o envio de informações solicitadas pela comissão, membros da CPI da BHTrans instalada na Câmara Municipal da capital, estiveram ontem na sede da Transfácil e do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belo Horizonte (SetraBH). As empresas ficam no mesmo prédio na região Leste da capital. 

Segundo o presidente da CPI, vereador Gabriel Azevedo (sem partido), algumas documentações que faltavam ser entregues serão apresentadas pelas empresas. Uma dessas informações pendentes era em relação ao pagamento do seguro garantia. Durante a visita técnica de ontem, os vereadores foram informados de que o seguro não foi pago entre junho do ano passado e julho deste ano. 

“Tem uma grande surpresa, a documentação em relação aos seguros de 2020 não foram enviadas porque simplesmente os seguros não foram pagos. O Setra envia para BHTrans um pedido para não pagar os seguros, a BHTrans não responde, e os empresários resolvem não pagar. Isso dá a clara demonstração de como as coisas funcionam nessa cidade. O empresário de ônibus fala que vai fazer uma coisa, a BHTrans não responde, e eles fazem mesmo assim”, declarou o vereador.

A vereadora Bella Gonçalves (PSOL), que integra o colegiado, explicou que o seguro garantia tem um valor elevado e que serve como equilíbrio do contrato.

“Além desse seguro, o fundo de garantia econômica, também do contrato, não foi pago em vários meses na pandemia. O seguro de garantia ele não é das empresas, o seguro é do contrato, portanto, pertence à população. Em momento de desequilíbrio, como a pandemia, ao invés de a prefeitura dar, por exemplo, adiantamento de passagem, ela poderia ter manejado recurso desse fundo e do seguro para tentar proporcionar equilíbrio econômico para as empresas, mas tudo baseado em estudo, critérios, que têm que ser transparentes para a cidade”, afirmou a vereadora.

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