A 12 dias do fim do ano, a Prefeitura de Belo Horizonte ainda não concluiu os cálculos necessários para definir o valor da passagem de ônibus a partir de janeiro de 2024. Em café com jornalistas, nesta terça-feira (19), o prefeito, Fuad Noman (PSD), não descartou a possibilidade de aumento do preço da passagem e ressaltou que ainda é preciso avaliar o custo por quilômetro rodado e a capacidade orçamentária do município para chegar a um valor final. “A única coisa que eu digo é o seguinte: se nós tivermos que ter um aumento, será muito pequeno, mas ainda não tenho essa informação”, afirmou o chefe do Executivo.
O valor da passagem de ônibus na capital mineira vem sendo complementado pela prefeitura desde julho deste ano, quando foi sancionada a lei que autorizou a concessão de subsídio ao transporte coletivo convencional e suplementar. Em contrapartida, as empresas passaram a ter que cumprir exigências para garantir melhoria da qualidade do serviço prestado.
O prefeito ressaltou que a definição do complemento da passagem é feita com base na análise do custo das viagens de ônibus por quilômetro rodado e pontuou que a planilha com os gastos previstos para 2024 ainda não está pronta. “Você tem dois componentes: de um lado, você tem a planilha de custo do sistema, com diesel, motorista, pneu, preço do carro, tudo real. De outro lado, você tem quanto a prefeitura pode pagar. E o terceiro ponto é quanto custará a passagem. Essa conta ainda não fechou, não está pronta. Então eu ainda não tenho certeza de quanto será o custo, eu ainda não sei qual será a disponibilidade orçamentária da prefeitura para fazer isso (complementação), então ainda não sei quanto será a passagem”, admitiu Fuad, na conversa com os jornalistas da capital.
O chefe do Executivo municipal afirmou não ter interesse de aumentar o valor da tarifa, mas ponderou que, somente após uma análise criteriosa, será possível bater o martelo sobre o valor que o belo-horizontino terá que desembolsar para circular de ônibus pela cidade no próximo ano. O prefeito disse ainda que tem acompanhado a forma como o tema tem sido conduzido na região metropolitana.
“Meu objetivo é não aumentar, mas agora vamos avaliar, dentro da circunstância, o que é possível. Eu tenho acompanhado o que tem acontecido na região metropolitana, no ônibus metropolitano, em Contagem, para avaliar como é o processo que eles estão adotando, e a gente poder fechar essa conta. A hora que a gente estiver com isso fechado, vamos saber o que o orçamento vai suportar e quanto que a passagem terá que ser”, concluiu Fuad. (Com Cynthia Castro)