Conhecido pelas posições polêmicas e ataques ao movimento negro, Sérgio Camargo, presidente da Fundação Palmares,órgão brasileiro de promoção da cultura afro-brasileira, atacou o ator e diretor Lázaro Ramos. Ele ainda pediu o boicote da mais nova produção do artista, o filme 'Medida Provisória'.
"O filme, bancado com recursos públicos, acusa o governo Bolsonaro de crime de raciscmo - deportar todos os cidadãos negros para a África por medida provisória. Temos o dever moral de boicotá-lo nos cinemas. É pura lacração vitimista e ataque difamatório contra o nosso presidente", disse Sérgio Camargo, que ainda criticou o ator e diretor por, segundo ele, "glorificar o triplo homicida Madame Satã". "Não preciso dizer mais nada, completou.
Com 'Medida Provisória, Lázaro Ramos, que assina o roteiro com Lusa Silvestre, Aldri Anunciação e Elísio Lopes Jr. já foi inclusive premiado internacionalmente e tem recebido críticas positivas pelo mundo.
O elenco inclui atriz Taís Araújo, mulher de Lázaro, além de Seu Jorge, Adriana Esteves, Alfred Enoch e Renata Sorrah.
A história se passa em um Brasil do futuro, no qual uma medida provisória editada pelo governo obriga que cidadãos negros migrem para a África. Nesse contexto, dois primos precisam se refugiar em um apartamento no qual dialogam com questões sociais e raciais.
Já sobre Madame Satã, também citado por Sérgio Camargo, não é um filme de Lázaro Ramos. Ele apenas atuou no filme, franco-brasileiro, como ator. A história, um drama biográfico dirigido por Karim Ainouz, conta a história do célebre transformista João Francisco dos Santos- malandro, artista, presidiário, pai adotivo de sete filhos, negro, pobre e homossexual.