Manifestação

Trabalhadores da educação protestam contra a volta às aulas presenciais em MG

O ato cobra maior celeridade no processo de vacinação e presta homenagem aos 45 mil mortos por Covid no Estado

Por Franco Malheiro
Publicado em 30 de junho de 2021 | 10:10
 
 
 
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Trabalhadores da educação protestam, nesta quarta-feira (30), em frente à Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), pelas quase 50 mil mortes por Covid-19 no Estado e criticam a volta às aulas presenciais no Estado, sem que o processo de vacinação tenha avanço. 

O ato acontece na mesma hora que a secretária de Estado de  Educação, Júlia Sant’Anna, participa do 3° dia de reuniões desta edição do Assembleia Fiscaliza. 

No protesto, organizado pelo Sind-Ute, foram colocadas 45 cruzes, uma para cada mil mortos no Estado vítimas de Covid-19. Além disso, um cartaz com o nome de profissionais da Educação mortos pela doença também foi colocado.

“O Estado de Minas Gerais de uma forma irresponsável insiste no processo de reabertura de escolas com esse quadro que nós temos. Vacinação no Estado não é uniforme em todas as regiões e a nossa categoria tem sofrido muito, sofrido com a falta de condições, sofrido com a Covid, sofrido com o trabalho remoto sem estrutura”, destacou a presidente do Sind Ute, Denise Romano. 

“Ainda existem muitos professores e professoras que ainda não se vacinaram, outros que vão tomar a segunda dose apenas daqui três meses. Ou seja, a vacinação não é uniforme em todo Estado. O processo de vacinação, não só para nossa categoria, precisa evoluir, porque só dessa forma que a gente consegue combater a pandemia e evitar as mortes”, completou

Denise ainda afirmou que o protesto também busca cobrar do Estado maior celeridade no processo de vacinação no Estado. 

“O governo se omitiu e não se empenhou de forma concreta, de forma política para aumentar a quantidade de vacina que chega no Estado de Minas, nós não tivemos um documento, nada do governo estadual pressionando o governo federal, dizendo das nossas necessidades”, ressaltou. 

Veja a nota da SEE sobre o protesto dos professores:

"A Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais (SEE/MG) reforça que a retomada das atividades presenciais nas escolas da rede estadual está acontecendo de maneira segura, híbrida, gradual e facultativa desde o dia 21 de junho. 

Todas as escolas realizaram um checklist criterioso, para aplicação dos protocolos sanitários apresentados pela Secretaria de Estado de Saúde, com adequações no ambiente e disponibilização dos equipamentos de proteção e produtos de higiene e limpeza, como dispenser de sabonete líquido e álcool em gel; papel toalha; lixeiras com pedal; máscaras; água sanitária; avental para os auxiliares de serviços de educação básica (ASB). As regras de retorno também prevê um acompanhamento criterioso de casos suspeitos da doença, com afastamento progressivo de alunos, turmas e até o fechamento de escolas. 

Neste momento, o retorno ocorre em municípios de onda verde ou amarela do Plano Minas Consciente, nos  quais não há restrições por parte da prefeitura, inicialmente apenas nas escolas que atendem os anos iniciais do ensino fundamental. 

Além disso, a participação dos estudantes nas atividades presenciais é facultativa às famílias. Sendo assim, nos casos em que os pais ou responsáveis optarem por não liberar o aluno ao ensino presencial, será mantido o regime totalmente remoto, para garantir a continuidade dos estudos. O estudante que optar em permanecer com suas atividades de forma remota, continuará desenvolvendo suas atividades sem prejuízos. 

De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), 360.866 trabalhadores da área de Educação receberam a 1ª dose da vacina contra a covid-19, de acordo com o Vacinômetro (https://coronavirus.saude.mg.gov.br/vacinometro).

A expectativa é que até o mês de agosto, o esquema vacinal desta categoria seja concluído, com a aplicação da 2ª dose. A SES-MG destaca que a conclusão da vacinação está condicionada ao envio de doses pelo Ministério da Saúde".

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