São Paulo

Tucanos fazem prévias com Doria favorito e guerra interna

Prefeito há 15 meses, ele vai para a eleição interna sem o apoio do governador Geraldo Alckmin, que havia sido decisivo em sua vitória nas prévias de 2016


Publicado em 18 de março de 2018 | 03:00
 
 
 
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SÃO PAULO. Depois de apenas dez dias de campanha, as prévias que definirão o candidato do PSDB ao governo paulista ocorrem hoje em meio a um cenário de polarização entre o prefeito João Doria e outros três pré-candidatos que acusam a direção do partido de favorecê-lo na disputa.

Na quinta-feira, o suplente de senador José Aníbal, um dos concorrentes na disputa, entrou com uma liminar pedindo a anulação do evento. Até o fechamento desta página, a Justiça não havia decidido.

No cargo há 15 meses, Doria vai para a eleição interna sem o apoio do governador Geraldo Alckmin, que havia sido decisivo em sua vitória nas prévias de 2016. Desta vez, esse apoio veio do vice-prefeito Bruno Covas, que acumula o cargo de secretário-chefe da Casa Civil da Prefeitura paulistana. Covas ajudou Doria a atrair o voto de outros prefeitos, parlamentares e lideranças tucanas. O prefeito chega como favorito na disputa.

Apesar da pressão de aliados de Doria, Alckmin, pré-candidato ao Planalto, não interveio para apaziguar o partido e ainda encorajou os adversários do prefeito a não desistir das prévias. A preferência do governador era a articulação de um palanque único no Estado que teria como candidato seu vice, Márcio França (PSB). A ideia, porém, sofreu forte resistência interna no PSDB.

Aníbal, o secretário de Desenvolvimento Social, Floriano Pesaro, e o cientista político Luiz Felipe d'Ávila esperam ter votos suficientes para levar as prévias para o segundo turno, que acontecerá no dia 25, caso nenhum pré-candidato consiga hoje mais de 50% dos votos.

O PSDB tem um colégio eleitoral de 308 mil eleitores, mas espera a presença de 15 mil a 25 mil tucanos nas urnas. Segundo o secretário geral do partido, César Gontijo, serão impressas 150 mil cédulas.

Os adversários de Doria reclamam que a distribuição das urnas foi feita em favor do prefeito: são 55 na capital e 71 no interior.

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