Eleições

União Brasil: Bivar critica polarização e diz temer pela democracia

Ovacionado na convenção em Minas, pré-candidato à Presidência da República vê o país em uma briga fratricida

Por Marcelo Machado
Publicado em 23 de julho de 2022 | 19:30
 
 
 
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Pré-candidato à Presidência da República nas eleições de outubro deste ano, o presidente nacional do União Brasil, Luciano Bivar, criticou neste sábado (23), durante discurso na convenção estadual da sigla, na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, a polarização política e ideológica que divide o país. Sem citar nomes e endereçar ataques ao presidente Jair Bolsonaro (PL) ou ao presidenciável Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Bivar, que pontuou apenas 0,05% nas intenções de voto da pesquisa DATATEMPO divulgada em junho passado, colocou-se como alternativa no cenário, mantendo a decisão de ser candidato.

"No momento tão delicado que vive hoje a república brasileira, onde cada um pensa apenas na sua paróquia, na sua pátria, no seu planeta pessoal, o União Brasil está unido, pensando em um projeto maior para o Brasil. Queremos nos distanciar muito daqueles, que por um momento ou outro, criam distâncias e dissidências entre famílias, entre amigos, entre todo mundo, numa briga fratricida que quer separar a população brasileira, entre nós contra eles, eu contra você. Isso nõs não aceitamos", discursou.

Ele lembrou a origem do partido, que surgiu da fusão de DEM e PSL, para dizer que a legenda tem um dever a cumprir neste cenário de polarização. 

"Hoje eu sinto muita preocupação de que a nossa democracia não pode em nenhum momento correr riscos. O União Brasil tem a responsabilidade de defender, antes de tudo, a nossa liberdade. Esses dois partidos que se juntaram, juntaram-se para fortalecer e dar ao povo brasileiro uma alternativa, para que a gente possa diminuir as desigualdades sociais, bradar pela liberdade e defender a todo o momento os nosso ideais, sem qualquer tipo de fisiologismo que venha comprometer o futuro do povo e da nossa gente". 

"O União Brasil tem proposta. Nossa candidatura do União Brasil à Presidência da República não é um ato de opção, de escolha. Antes de mais nada, é uma renúncia, um sacerdócio", disse ele durante o discurso.

Bivar foi ovacionado no plenário da ALMG após o discurso.

"Um, dois, três... quatro, cinco, mil... Queremos o Bivar presidente do Brasil", gritavam em coro os militantes e partidários.

Todas as lideranças do União Brasil de Minas ratificaram o apoio à candidatura de Bivar à presidência do país. Questionado por O TEMPO sobre quem apoiaria em um eventual segundo turno na eleição nacional, entre Lula ou Bolsonaro, os líderes das pesquisas até o momento, ele respondeu.

"Nós estamos, primeiro, do lado da democracia. E, segundo, de um projeto econômico que diminua as desigualdades sociais do nosso país. O União Brasil surgiu do DEM e do PSL para dar uma alternativa ao povo brasileiro. Uma alternativa viável no campo econômico e com um sustentáculo muito forte, inegociável, irredutível, que é a democracia. 

 

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