Eleições

União Brasil mantém indefinição em Minas, mas prefere Romeu Zema

Convenção estadual do partido delega prosseguimento dos diálogos com pré-candidatos e culpa o Novo pelo mistério

Por Marcelo Machado
Publicado em 23 de julho de 2022 | 17:58
 
 
 
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Realizada neste sábado (23) no plenário da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, a convenção estadual do União Brasil terminou com a manutenção de um "suspense": o partido não se posicionou sobre qual chapa majoritária vai apoiar nas eleições de outubro deste ano.

De acordo com o presidente estadual da legenda, o deputado federal Delegado Marcelo Freitas, o União Brasil vai aguardar até próximo da data-limite das convenções, dia 5 de agosto, para oficializar a posição. Embora demonstre preferência pelo apoio ao governador Romeu Zema, ele não descarta nem uma aliança com as demais opções.

"As conversas persistem. Estamos dialogando com vários pré-candidatos porque as convenções estão acontecendo. Estamos conversando com o governador Romeu Zema, o senador Carlos Viana, com o Marcus Pestana e sem excluir também o diálogo com Alexandre Kalil. O União Brasil tem maior tempo de rádio e TV, e objetiva fazer algo que de fato some para que a gente possa eleger o maior número possível de deputados para a Assembleia Legislativa de Minas Gerais e a Câmara de Deputados", afirmou ele, completando que o diretório estadual do União Brasil vai se reunir nos próximos dias para definir o rumo em Minas. 

Questionado se Alexandre Kalil seria a última opção entre os nomes citados, até pela forma como enumerou a declaração, Freitas preferiu criticar o Partido Novo pela indefinição do União Brasil. 

"Não... Eu digo que os diálogos estão acontecendo, nosso diretório estadual vai se reunir nos próximos dias para dizer o rumo que vamos seguir. Obviamente que nós temos tido uma dificuldade de diálogo com o pessoal do Partido Novo, isso é público e notório. Eles precisam compreender que a política partidária se faz com atores de partidos diversos, e eles ainda não perceberam isso. Por essa razão, as convenções estaduais do União Brasil evidenciam com clareza que esse tipo de diálogo não é positivo. Eles precisam se abrir à política. Se (o Novo) não somar com partidos políticos diversos, corre o risco de perder uma eleição em que o governsador Romeu Zema está bem à frente. Declaro publicamente a nossa chateação com o diálogo com o Partido Novo no Estado de Minas Gerais". 

Freitas admitiu que, se o Partido Novo mudar a postura, a tendência é o União Brasil se definir pela aliança e composição com Zema.

"Sem sombra de dúvida teria a preferência, sim. Quero dizer claramente que o Partido Novo atrapalha o governador Romeu Zema , atrapalha a governabilidade do Estado de Minas Gerais, isso precisa ser colocado com muita clareza. Basta observar os demais atores partidários e a dificuldade de interlocução que têm com alguns integrantes do Partido Novo que, de fato, dificultam a vida do governador Romeu Zema no Estado de Minas Gerais.

O plenário da ALMG ficou lotado para a convenção do União Brasil, que aprovou a lista dos 54 pré-candidatos a deputado federal e 78 pré-candidatos a deputado estadual. O partido, por ora, não tem posição para chapa majoritária, podendo compor alguma aliança com nome para vice-governador ou senado, a depender do acordo político.

A mesa no plenário foi composta pelo presidente nacional da legenda, Luciano Bivar, que é pré-candidato à Presidência da República; pelo vice-nacional Antônio de Rueda; pelos presidente e vice-estadual, respectivamente os deputados federais Marcelo Freitas e Bilac Pinto; além da senadora Soraya Thonicke, entre outros que também a compuseram e discursaram. 

 

 

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