CÂMARA X PBH

'Vai cair um por um', dispara Gabriel Azevedo contra a prefeitura da capital

O presidente da Câmara de BH acusou o ex-vereador Léo Burguês de ser um bandido e de manter relações ilícitas com a secretária de Política Urbana, Maria Caldas, e o subsecretário de Fiscalização, José Mauro

Por Ana Karenina Berutti
Publicado em 10 de fevereiro de 2023 | 12:32
 
 
 
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O presidente da Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH), Gabriel Azevedo (sem partido) acusou o ex-vereador Léo Burguês (União Brasil) de ser um "bandido" que liderava o governo do ex-prefeito da capital, Alexandre Kalil (PSD). As acusações de Azevedo também recaíram sobre a ex-secretária de Política Urbana, Maria Fernandes Caldas, e o subsecretário de Fiscalização, José Mauro Gomes. Em tom de ameaça, o vereador disse: "atenção, vocês me conhecem aí na prefeitura, vai cair um por um"

Segundo Azevedo, Léo Burguês era um "bandido" que liderou a aprovação do Plano Diretor e se relacionava muito com a secretária Maria Caldas e a Secretaria de Política Urbana. "Quanto Léo Burguês levou para aprovar o Plano Diretor? Há suspeitas. Queremos saber porque o Plano Diretor que foi aprovado veio de uma emenda substitutiva que chegou cinco minutos antes da votação", assinalou o presidente da Câmara.

O vereador disse que todos os documentos mostrando essas ligações serão encaminhados e analisados na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) Abuso de Poder na PBH. "A prefeitura vai ser investigada porque, como mostram as investigações, o Léo Burguês não agiu sozinho", disse Azevedo durante entrevista para o programa Café com Política do jornal Super N 1ª edição da Rádio Super 91,7 FM, nesta sexta-feira (10/2).

Além da ex-secretária de Política Urbana, Maria Caldas, Azevedo também criticou a atuação do subsecretário de Fiscalização, José Mauro Gomes, e, mais uma vez, denunciou o ex-vereador Léo Burguês de se beneficiar, enquanto vereador, de favores do subsecretário. Segundo Gabriel Azevedo, o subsecretário José Mauro recebia "ordens" de Léo Burguês para não investigar denúncias de som alto, denúncias de casa funcionando sem alvará favorecendo empresários ligados a Burguês.

"O que o senhor (José Mauro Gomes) está fazendo aí ainda? Tem que ter uma devassa na Secretaria de Política Urbana, que era onde o Léo mais operava enquanto bandido", pontuou Azevedo. De acordo com o presidente da Câmara, o prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman (PSD), exonerou os mais óbvios, mas ainda há outros servidores do Executivo municipal que deveriam ser exonerados.

A prefeitura de Belo Horizonte informou, por meio de nota, que, embora não tenha sido informada formalmente do inquérito, se antecipou e já efetuou os levantamentos relacionados com o caso. Ainda segundo a nota da PBH, "todas as providências legais estão sendo adotadas junto às áreas jurídicas e à Corregedoria, a quem cabe a análise dos autos".

 

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