O governador Romeu Zema (Novo) afirmou, nesta quarta-feira (24), que fez um requerimento formal ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços cobrando uma ação do governo Lula (PT) frente ao que ele classificou de “concorrência desleal” do aço chinês, que estaria prejudicando a produção nacional.
A fala foi feita após cerimônia que marcou a reinauguração do Alto-Forno 3 da Usiminas, na unidade de Ipatinga, no Vale do Aço, após uma reforma que custou cerca de R$ 2,7 bilhões. O governador mineiro ouviu as queixas do presidente da empresa, Marcelo Chara, e informou que o Estado já fez contato com o governo federal para tratar do assunto.
"O presidente me passou os problemas que tem enfrentado no Brasil e aquilo que estiver ao nosso alcance nós estaremos fazendo porque o setor produtivo é a solução do Brasil e não o problema. O setor público é que precisa mudar, é que precisa se aperfeiçoar. E aqui em Minas nós estamos mostrando o que é possível", disse.
De acordo com o presidente da Usiminas, a empresa mantém um alto-forno desligado por causa da concorrência desleal. “Estamos concorrendo contra indústrias que exportam para nosso país em condições de subsídio. Não queremos subsídio, mas se a condição de mercado gera produtos com preços artificialmente construídos, não temos outro remédio a não ser reduzir a produção", explica.
O governo de Minas não detalhou o teor do requerimento que teria sido enviado ao governo federal. A reportagem também questionou o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços sobre o recebimento do documento e qual seria a resposta, mas ainda não houve retorno. (Com informações Hermano Chiodi)