'Fragilidade das contas'

Zema é diplomado e diz que todos terão que fazer sacrifícios

Governador eleito pregou união de todos os mineiros e dos poderes, além do respeito ao 'dinheiro do povo'

Por Fransciny Alves
Publicado em 19 de dezembro de 2018 | 20:23
 
 
 
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O governador eleito de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), foi diplomado na tarde, desta quarta-feira (19), pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) no grande teatro do Palácio das Artes, na região Centro-Sul de Belo Horizonte. Em seu discurso, Zema disse que todos vão ter que fazer sacrifícios, sem exceção, para que o Estado saia da UTI por conta do "extremo momento de fragilidade das contas públicas". 

Zema afirmou que as 853 cidades mineiras passam por uma situação de quase falência, principalmente por conta da falta de repasses constitucionais do governo às prefeituras. E que para mudar isso é preciso a união de todos os mineiros e dos poderes. Além disso, o futuro governador ressaltou que é preciso respeito "aos cidadãos, aos investidores, a quem trabalha e a quem quer trabalhar", além de respeitar o "dinheiro do povo". 

"Será respeitando as leis, os recursos e as pessoas que nosso Estado poderá, novamente, ser respeitado. Do menor cargo ao mais alto, todos devemos fazer sacrifícios. Sem exceção. São vários os desafios que teremos de enfrentar. Para tanto, estaremos em um outro momento de gestão em que austeridade e meritocracia serão seguidos à risca", declarou. 

Zema ainda afirmou, durante seu pronunciamento, que o Estado passará por tempos difíceis e que medidas duras serão tomadas. "Serão necessárias para que as contas públicas estejam em dia e que dê para Minas um melhor ambiente de negócios, maior qualidade dos serviços públicos e, principalmente, para que possamos garantir um melhor futuro para os mineiros", afirmou, pontuando que é preciso paciência e união para que as medidas deem certo. 

Em sua fala, o presidente do TRE, desembargador Pedro Bernardes, reafirmou a importância das urnas nas eleições deste ano e o trabalho desempenhado pela Justiça Eleitoral no pleito. Ele disse que as urnas alcançaram o posto de referencial de qualidade, de transparência e que foram reconhecidas pela eficácia. "Desde 1996, a urna venceu, neste ano, a mais árdua batalha perante à opinião pública", garantiu, reafirmando a importância da democracia. 

Além dos representantes do Executivo, receberam seus diplomas os 77 eleitos para os cargos de deputados estaduais e os 53 deputados federais. Também entram na lista de diplomação os senadores eleitos por Minas, Rodrigo Pacheco (DEM) e Carlos Viana (PHS), e os dois suplentes de cada um deles. A cerimônia foi marcada por uma briga: Rogério Correia (PT) e cabo Junio Amaral (PSL) trocam socos em diplomação após petista exibir 'Lula livre'.

 

Com a diplomação, os políticos eleitos já podem tomar posse.

Ausências 
Os atuais chefes titulares do poderes Executivo e Legislativo do Estado não compareceram à solenidade. O governador Fernardo Pimentel (PT) foi representado pelo secretário de Governo, Odair Cunha. Já o presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), Adalclever Lopes (MDB), foi representado pelo 1° vice- presidente da Casa, Laffayete Andrada (PRB).

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