O governador Romeu Zema (Novo) divulgou um vídeo, na noite desta quinta-feira (8), falando sobre três assuntos que conversou com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que visitou Belo Horizonte quarta (7) e quinta (8). Os temas foram a situação das rodovias federais que cortam Minas Gerais, os acordos feitos para as indenizações das vítimas de Mariana e Brumadinho e a situação da dívida do Estado com a União.

Confira as principais falas do governador Romeu Zema.

Rodovias federais

"Aqui por Minas passam as principais rodovias do país, que ligam São Paulo e Rio de Janeiro ao Norte, ao Nordeste e ao Centro Oeste, e estas rodovias não estão recebendo a manutenção adequada. Deixei claro que as BR-381, 040 e 262 precisam de investimento. Foi anunciado pelo ministro Renan, que haverá em breve o início de obras na 381 e estaremos aqui aguardando para ver se isso é só no papel ou se irá se tornar realidade. É uma obra que o Estado de Minas está esperando para ser feita mais de 20 anos e até o momento não tivemos essa mehlhoria. Essas estradas matam pessoas e precisam, realmente, de melhorias."

Acordo de Mariana e Brumadinho

"Falei com o presidente sobre a repactuação do acordo de Mariana. No caso de Brumadinho, que aconteceu logo no meu primeiro mês como governado, nós fomos ágeis e penalizamos a empresa que causou aquela tragédia. Em Mariana, depois de oito anos, pouca coisa aconteceu. A maioria do recurso tem sido consumido pela fundação e pelas assessorias e consultorias técnicas que tem sido contratadas. Muito pouco chega até os atingidos. Falei com o presidente que temos 70 mil atingidos ao longo da bacia do Rio Doce que estão aguardando. É uma questão social que precisa ser equacionada."

Dívida do Estado com a União

"Fico muito satisfeito com o presidente do Senado ter proposto uma revisão nas regras e na negociação que tanto Minas quanto outros Estados têm com a União porque hoje a taxa de juros torna a dívida impagável. Na minha gestão, nós já pagamos mais de R$ 5 bilhões para a União referente a dividas nestes cinco anos da minha gestão. Quem falou que nós não pagamos nada está muito mal-informado. Além destes R$ 5 bilhões que já pagamos para a União, nós já pagamos para municípios, servidores públicos do Estado e fornecedores uma dívida atrasada de R$ 17 bilhões que nós herdamos. Em dezembro de 2018, só a folha de pagamento do 13o que não foi paga era de R$ 4 bilhões. Os municípios tiveram um calote do governo anterior de R$ 14 bilhões, e outras dívidas mais. Ainda estamos pagando o parcelamento da dívida da saúde. São dívidas que o meu governo não fez, foram herdadas. Hoje, o governo federal cobra dos estados individados taxas que são superiores àquelas que algumas empresas conseguem em bancos, e sabemos que o governo não é banco."