A sindicância aberta pela Universidade Federal de Viçosa (UFV) conta com a participação de estudantes da unidade para conseguir identificar os autores das pichações homofóbicas e das agressões verbais. A principal dificuldade é que as pichações foram feitas dentro de banheiros, sem testemunha e sem assinaturas reais dos autores.
A pró-reitora de Assuntos Comunitários da UFV, Sylvia Franceschini, explica que só é possível abrir o processo disciplinar com a identificação dos alunos. “Estamos nos esforçando para conseguir fazer essa identificação. Sabemos que se trata de um pequeno grupo de pessoas e precisamos saber quem são esses alunos para poder pedir a expulsão deles da universidade. Não podemos deixar esse grupo crescer”, afirmou.
O Regimento Geral da UFV prevê a possibilidade de expulsão dos alunos em casos em que haja violação dos direitos humanos.
O estudante do curso de ciências sociais e membro da atual gestão do DCE Everton Ferreira, 30, argumenta que é difícil a identificação dos integrantes do grupo antigays porque eles costumam atuar de forma anônima. “Essas pessoas são covardes, elas não têm nem coragem de assumir a opinião que demonstram nas pichações. Não conseguem vir a público. Elas têm consciência de que estão fazendo algo errado”, argumentou Everton Ferreira.
Campanha. Além da sindicância, a UFV iniciou uma campanha educativa de combate à homofobia. Estão sendo veiculados spots na rádio e na TV universitária, além de peças publicitárias nos painéis espalhados pelo campus da universidade.