Nesta semana, a atriz Fernanda Rodrigues relatou o retorno de um carcinoma, câncer de pele. A artista terá que passar por uma nova cirurgia, mas afirma que o caso não apresenta gravidade. Saiba o que é o carcinoma, fatores de risco, sintomas e tratamento:

O que é carcinoma

O carcinoma é o tipo mais comum de câncer, responsável por 80% a 90% dos diagnósticos oncológicos no mundo. Ele se desenvolve no tecido epitelial que reveste órgãos e a pele, podendo afetar pulmões, mamas, próstata, cólon, rins, pâncreas e pele.

A doença se manifesta quando uma mutação genética transforma células saudáveis em cancerosas, que passam a se multiplicar de forma descontrolada. Os carcinomas podem ser classificados em três estágios: in situ (localizado), invasivo (atinge tecidos vizinhos) e metastático (espalha-se para órgãos distantes).

Entre os subtipos mais comuns estão o adenocarcinoma, que surge nas células glandulares; o carcinoma de células basais, mais frequente no câncer de pele; o carcinoma de células escamosas, segundo tipo mais comum da pele; e os carcinomas ductais da mama, in situ ou invasivos.

Sintomas

Os sinais variam de acordo com o órgão afetado, mas incluem alterações na pele (feridas que não cicatrizam, manchas ou nódulos), tosse persistente, dificuldade para respirar, dor abdominal, presença de sangue nas fezes ou na urina, caroços nas mamas, perda de peso sem causa aparente e fadiga contínua. Muitos casos, porém, são silenciosos nos estágios iniciais, o que reforça a importância dos exames preventivos.

Fatores de risco para o carcinoma

A idade é um dos principais fatores: pessoas com mais de 65 anos têm risco elevado. Homens também são mais suscetíveis à maioria dos carcinomas, exceto os de mama. Além disso, destaca-se o histórico familiar, mutações genéticas (como nos genes BRCA1 e BRCA2), exposição à radiação ultravioleta, tabagismo, consumo de álcool e contato com substâncias tóxicas também aumentam a probabilidade de desenvolvimento.

Diagnóstico

A detecção precoce é essencial para tratamento eficaz, e o diagnóstico pode envolver exame físico, exames de sangue, mamografia, colonoscopia e outros métodos de imagem. A confirmação ocorre por meio de biópsia, que permite identificar o tipo e o estágio da doença.

Estágios

Vai do estágio 0, em que o tumor está restrito ao local de origem, até o estágio 4, caracterizado pela metástase em órgãos distantes.

Tratamento

As opções incluem cirurgia, quimioterapia e radioterapia. Também podem ser indicadas terapias direcionadas, imunoterapia e tratamento hormonal, a depender do tipo de carcinoma e do quadro clínico do paciente.

Prevenção

Medidas preventivas incluem não fumar, manter peso saudável, limitar o consumo de álcool, usar protetor solar e evitar exposição excessiva ao sol e câmaras de bronzeamento. O diagnóstico precoce é decisivo: enquanto formas avançadas têm prognóstico reservado, tipos como o carcinoma de células basais apresentam taxas de sobrevivência de cinco anos próximas a 100% quando tratados no início.