O presidente do Conselho de Administração do América, Alencar da Silveira Jr, revelou como está a situação do projeto “A+”, apresentado em novembro e que trata de uma nova governança do clube. À reportagem de O TEMPO Sports, Alencar afirmou que o projeto não acabou, mas que, ao contrário do que estava previsto, será tocado pelo próprio Coelho.
“O A+ continua. Mas, não adianta continuar com uma empresa que já fez o trabalho dela. Muitas vezes, essas empresas estão acostumadas a uma reestruturação da CEMIG, das Lojas Americanas. Mas, no futebol é diferente. A gente conhece de futebol. Não adianta ter um América bem administrado e não ter um bom futebol".
"Entendo que, para o América ir bem, o futebol precisa ir bem. Não posso deixar uma empresa chegar e dizer que devemos demitir fulano, ciclano, beltrano. Quem tem que saber o que deve ser feito é o conselho administrativo. Acho que o meu pensamento é o de todos, de ter que fazer o América grande, para voltar à Série A. O A+ foi apresentado pela empresa e quem toca esse projeto é o América. Não posso ficar com uma empresa no América o resto da vida, bancando e gastando com ela. Tenho que gastar com o futebol, com o patrimônio. Não posso ter uma empresa que não faz gol, que não faz a defesa de um pênalti, sem um bom meio de campo. Esse projeto vai ser executado na medida do possível", disse Alencar.
O projeto
O A+ foi desenhado dado o desejo do América de conseguir um investidor para a Sociedade Anônima do Futebol (SAF). Para coordenar toda a política de governança, o Coelho afirmou que buscaria no mercado um CEO, o que implicou em mudanças nos cargos do corpo diretivo atual.
Marcus Salum, presidente da SAF, deixou as funções executivas no futebol e passou a se dedicar exclusivamente na coordenação de venda da SAF América. Euler Araújo, membro do Conselho de Administração da SAF, assumiu as funções de Salum no que se refere ao futebol. A mudança também trouxe mais autonomia no organograma para Fred Cascardo, diretor de futebol do clube.