O gol da virada do América contra o Guarani na segunda-feira (20) saiu dos pés do meia Moisés, de pênalti. Só que antes da cobrança, outro jogador do Coelho chegou a ajeitar a bola para bater a penalidade. 

Vitor Jacaré, atacante que começou a partida no banco de reservas e entrou no segundo tempo, estava disposto a mostrar serviço. O jogador pegou a bola e se posicionou para a cobrança até a chegada de Moisés. 

“O jacaré realmente estava com vontade de bater, mas eu falei com ele que eu era o primeiro batedor. Ele sabia também. Rapidamente ele deixou a bola ali e me desejou sorte para efetuar a cobrança”, explicou o meia americano.   

Estratégia? 

Moisés ainda foi além. De acordo com o meia, “trocar” o batedor na hora da cobrança faz parte de um combinado do elenco em algumas situações. 

“Eu tinha tanta certeza que era pênalti que eu fui tomar água no banco de reservas, conversar com o Cauan tranquilo esperando ele tomar a decisão. Quando ele voltou, o Jacaré estava com a bola na mão, mas a gente já tinha um combinado”, iniciou.  

O trato dos jogadores faz parte, segundo Moisés, da estratégia do América para tentar driblar a provocação adversária antes da cobrança, aliviando a pressão do batedor. 

“É tudo combinado, programado, não teve nada de ‘ah, o Moisés tomou a bola do Jacaré’. Eu era realmente o primeiro batedor. O Jacaré meio que atraiu a atenção, porque às vezes vem um jogador, fala alguma coisa…. Então eu fiquei mais tranquilo para fazer o que eu tenho que fazer”, explicou.