2021

Insistência: Juninho define América e valoriza passado em melhor ano da história

Clube garantiu permanência na Série A do Campeonato Brasileiro e classificação a competição internacional

Por Gabriel Moraes
Publicado em 09 de dezembro de 2021 | 19:41
 
 
 
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Para ser um ano que entra para a história de um clube, não precisa haver novos títulos no currículo, e o América é prova disso. Garantido em uma competição continental em 2022, algo inédito em 109 anos, o atual elenco já se encontra no hall da fama do "Decacampeão Mineiro". No clube desde 2016, o meia e capitão do time, Juninho, descreve que "insistência" é a palavra-chave para o sucesso desse trabalho.

"É difícil uma palavra só. Mas o que define pra mim, talvez, é uma insistência. Por mais que o time subia e caía, a diretoria insistia ainda no trabalho. Acreditava. Nos fizeram acreditar que o América tem um potencial enorme pra gente se tornar uma grande potência. As cicatrizes e dificuldades nos ajudaram a dar essa conquista para o torcedor", disse.

Segundo ele, o que foi construído no passado é essencial para o que acontece no presente. "Para falar de campanha e de temporada, temos que relembrar um pouco o passado. O que estamos colhendo hoje começou a ser plantado lá atrás. Eu peguei um pouco desse plantio lá em 2016. Tem uns aí, como o Salum, que vivem isso há 30 anos. Todas as pessoas que participaram disso têm a sua importância", disse.

"É lógico que de uns anos pra cá o processo andou a passos largos. E eu, assim como todo o grupo, ficamos felizes em fazer parte disso. Nesse ano demos aquele impulso que o clube precisava", completou, em entrevista coletiva no CT Lanna Drummond.

Esta também é a primeira vez que o Coelho consegue se manter na elite do futebol nacional em pontos corridos. Para o jogador de 34 anos, as dificuldades ajudaram o clube a se fortalecer. "Foram momentos difíceis aqui dentro, como rebaixamentos, e em alguns deles eu nem acreditava em permanência mais aqui no América. Mas tive continuidade, já que o pessoal acredita e confia muito em mim. Eu sou muito feliz aqui. Eu costumo falar que eu ainda vou viver o meu melhor aqui no América", explicou.

Em 2021, o América teve três técnicos: Lisca, Vagner Mancini e Marquinhos Santos, que está atualmente. De acordo com o meia, esse foi um empecilho, principalmente nas temporadas anteriores. "Uma dificuldade que tivemos foram as perdas de comandante. Sempre chegava um e a gente tinha que se adequar à forma de jogar. Mas eu acho que todas as coisas cooperam de alguma forma para o bem", contou.

Por fim, Juninho afirma que pretende continuar, pois ainda tem muito a conquistar. "O desejo meu é de permanência. Tenho sonhos demais. Não vivi um terço do que quero viver nesse clube. Não é que estou pensando pequeno ou estou acomodado. Mas acho que, pelo que estou vivendo aqui, têm coisas maiores a acontecer", concluiu.

Para conquistar a vaga na Copa Libertadores do próximo ano, o América necessita de uma vitória diante do São Paulo, nesta quinta-feira (9), às 21h30, no estádio Independência. Caso isso não aconteça, a Copa Sul-Americana terá a presença do alviverde mineiro.

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