Alexandre Nunes, de 45 anos, é sócio-proprietário do Bar do Magrelo, que existe há 26 anos em frente ao Portão 4 do Independência. Em clima de noite de estreia, Alexandre, que também mora nas redondezas do estádio, recebe torcedores americanos desde às 12h desta quarta-feira (23), data em que o clube faz o primeiro jogo de sua história na Copa Libertadores. Às 19h15, o América enfrenta o Guaraní, do Paraguai, e os torcedores já aguardam ansiosamente a entrada do Coelhão em campo.
“Esse está sendo o jogo mais cheio na temporada. Esperamos vender tudo que temos, e com certeza essa torcida irá fazer a diferença. Estamos esperando umas 7 mil pessoas aqui no Independência, e nos preparamos muito aqui, com muita comida gostosa e cerveja gelada. Esperamos que não acabe, para a torcida sair aqui e comemorar a vitória”, comentou Alexandre.
Com altas expectativas, o empresário confirma que os torcedores começaram a chegar para a partida quase 5h antes do apito inicial. “Desde o meio-dia já começavam a surgir alguns torcedores, e a partir das 15h já encheu bastante”, comentou.
Com duas décadas de história perto do estádio americano, afirma que com a grande quantidade de pessoas, espera conhecer outros americanos apaixonados, além de rever torcedores que frequentam o estabelecimento desde sua fundação. “Todo jogo tem uma história para contar. Aqui também sempre tem umas figurinhas carimbadas, como torcedores que estão frequentando aqui o bar há 26 anos”, concluiu.
Um desses americanos é Guida Luiz, engenheiro aposentado de 73 anos, que garante que está na arquibancada em todos os jogos do Coelhão. “Normalmente eu venho em todos os jogos. Por causa da pandemia, acabei perdendo alguns, mas sempre venho”, disse.
Em relação às chances do América, Guida acredita que o clube tem muitas chances de passar, mesmo que ainda precise de alguns ajustes no setor ofensivo. “O América tem toda chance de passar. Vai depender muito desse jogo de hoje, mas estou confiante na equipe, que tem uma diretoria e um técnico muito estabilizados. Tudo isso vai influenciar para o jogo de hoje”, contou. “Ainda precisa contratar em algumas áreas, como o ataque. Não que esteja ruim, mas seria preciso melhorar um pouco. Pedrinho vai cair como uma luva, mas eu gostaria que tivéssemos um atacante que resolvesse o problema, como o Zárate fazia no ano passado”, analisou.
Um nome que chama atenção é o do craque Wellington Paulista, recém-chegado em Belo Horizonte, que tem chances de ser o grande nome do América na competição. “Eu acredito no Wellington Paulista nesta Libertadores. Ele é muito oportunista e tem faro de gol. Estou esperando o placar de 3 a 1. Temos que confiar no nosso time”, concluiu Guida.
A bola rola às 19h15 no Independência para o primeiro duelo do América na Libertadores.