Entre os mais de 50 times participantes da etapa mundial do Neymar Jrs. Five, que termina neste sábado, na Praia Grande (SP), uma equipe chama atenção já pelo nome. O Santos, da Argélia, está na final intercontinental pela segunda vez, homenageando o clube que revelou Pelé para o mundo da bola.
Entre os jovens atletas, dois são profissionais no seu país de origem, defendendo as cores do Paradou FC, da capital Algiers. "Foi uma grande coincidência estarmos em uma cidade tão próxima de Santos, uma equipe que adoramos. Para nossos jogadores, é o melhor time de todos os tempos no futebol mundial, não só pelo Pelé como pela sua história", conta o treinador Rafik Bouchene.
No ano passado, o Santos também marcou presença no Instituto Neymar ao vencer a etapa nacional com a participação dos campeões de 18 estados do país africano.
"Acabamos tendo um imprevisto ao chegar no Brasil. As malas foram extraviadas, as chuteiras não chegaram e jogadores de outros times nos emprestaram. Se não fosse por isso, nem jogaríamos", detalha Rafik. Neste ano, sem imprevistos e com mais tempo de planejamento, eles esperam um futuro diferente da eliminação de 2018.
"Viemos antes, com 10 dias de antecedência. Estivemos no Rio de Janeiro para conhecer e descansar. No ano passado, foi muito corrido. Estamos todos muito empolgados de estar aqui, já somos quase brasileiros", brinca.
Além da bandeira do país, eles também carregavam a bandeira da etnia Amazigh, dos seus ancestrais, que estavam no país muitos anos antes da chegada dos árabes. Entre as características deste povo, uma língua própria e o fato de estarem localizados na região montanhosa no norte do país.
O México, atual campeão, será um dos adversários na fase de grupos. "Eles estão com um pouco de medo por enfrentar uma equipe tão forte, mas confiantes também. Esperamos nos classificar desta vez", conta.
*repórter viajou a convite da organização do evento