Um clássico costuma provocar polêmicas e discussões, geralmente, envolvendo eventuais equívocos de arbitragem. O Atlético e Cruzeiro deste sábado (2), porém, indica que seguirá caminho inverso, sem previsão de debates acalorados e várias horas dedicadas em programas esportivos com o intuito de  "sentenciar" se o juiz errou ou acertou. No triunfo alvinegro por 3 a 1, que garantiu o tricampeonato mineiro ao Galo, o árbitro Felipe Fernandes de Lima teve atuação tranquila e passou "despercebido".

Ano passado, ele também conduziu a final vencida pelo Atlético sobre o América, mas sua atuação foi questionada. Em 2022, ele deixou o gramado do Mineirão de forma discreta. Sinal de que a arbitragem cumpriu seu papel ao não ser a protagonista do espetáculo. 

No momento mais tenso da partida, protagonizado por Réver e Edu, aos 25 minutos do primeiro tempo, Felipe Fernandes interveio na ríspida discussão entre os jogadores. Com os ânimos serenados, aplicou cartão amarelo para ambos. O árbitro amarelou mais dois atletas de cada time, mas por faltas, além de Hulk, que tirou a camisa na comemoração do terceiro gol. Ao todo, foram assinaladas 36 faltas (19 pelo Atlético e 17 pelo Cruzeiro).

No pênalti sofrido por Hulk, aos 33 minutos do segundo tempo, alguns jogadores esboçaram reclamar, mas... No lance, o camisa 7 alvinegro avançou e foi derrubado pelo goleiro Rafael Cabral. Na cobrança, o atacante marcou o terceiro gol.

A súmula

Na súmula da partida, a única ocorrência citada por Felipe Fernandes foi o arremesso de três isqueiros e um copo em direção dos jogadores do Atlético, durante a comemoração do primeiro gol. Os objetos, informou o árbitro, partiram do local onde se encontrava a torcida do Cruzeiro. 

De acordo com ele, até o fechamento do documento não havia sido apresentado nenhum boletim de ocorrência identificando possíveis infratores e registrando os fatos ocorridos.

No clássico deste sábado, Felipe Fernandes de Lima foi auxiliado por Guilherme Dias Camilo e Celso Luiz da Silva.