Um dos principais problemas vistos na Arena MRV no último domingo (10), na final da Copa do Brasil, contra o Flamengo, foram as invasões de torcedores sem ingressos na esplanada e dentro do estádio. Apesar da Polícia Militar ter contido alguns, a grande maioria entrou sem ter acesso ao local.

Antes da partida, a reportagem de O TEMPO Sports flagrou a esplanada da Arena MRV sendo isolada devido aos torcedores que tentavam invadir sem os ingressos. Por volta das 15h, uma hora antes do início da decisão da Copa do Brasil, alguns torcedores do Atlético que estavam sem ingressos se aproveitaram da movimentação para tentar entrar na Arena MRV.

Também na esplanada, houve relatos de torcedores do Atlético que tiveram os celulares furtados durante a movimentação para entrar na Arena MRV.

Para a reportagem de O TEMPO Sports, Bruno Muzzi, CEO do Atlético, detalhou como os torcedores sem ingresso tiveram acesso ao estádio. Segundo ele, os torcedores aproveitaram de alguns espaços da esplanada para invadir o espaço em dois locais. “Eles romperam as telas de proteção, pulando pelo portão G, de acesso a imprensa e TV Compound, rompendo os tapumes. No acesso A, romperam os tapumes e subiram um barranco de grama que tem ali”, explicou.

Alguns desses torcedores portavam as bombas que foram arremessadas no gramado durante a festa de comemoração do título do Flamengo. “O que aconteceu que eles foram invadindo, entraram com bombas e fizeram aquele movimento de cavalo doido, que vem um grupo grande, correndo, entrando nos portões, chutando tudo e tirando os seguranças, até que a PM chegasse e contivesse eles. Tivemos que fechar os portões para o choque entrar e varrer essa turma de fora”, finalizou o CEO do Atlético.

Sobre a confusão envolvendo a torcida do Flamengo antes da partida, o CEO do Atlético disse que houve um problema nas catracas e que, devido a quantidade de pessoas, a situação piorou. “Nesse jogo em específico não houve confronto entre as torcidas. Lá fora, o que ocorreu foi o problema das catracas no início do jogo, quando elas começaram a ficar lentas eles quebraram as catracas e começaram a invasão. Acionamos a cavalaria para conter. No jogo do River, por exemplo, com 4 mil argentinos, não houve nada. As medidas de segurança precisam ser amplificadas. Brigas entre as torcidas é algo difícil de conter. Mas, se tivermos segurança pública, polícia dentro do estádio, é muito diferente da segurança privada, que é treinada para lidar com torcedor e não com marginal”, disse.