A torcida do Atlético foi do céu ao inferno no Bar do Salomão, região Centro-Sul de Belo Horizonte. A euforia já estava presente momentos antes da bola rolar, e aumentou mais ainda quando o Galo ficou com um a mais em campo. Com a desvantagem no jogo, veio a esperança com a reação no segundo tempo e, no fim, a frustração com a perda do título

Nos momentos que antecederam a partida, com mais de duas horas para o início do jogo, o bar já estava cheio. O número de torcedores foi aumentando na mesma proporção que a empolgação para a final, com muitos gritos de incentivo. Quando a bola rolou, a euforia foi nas alturas: Gregore, meio-campista do Botafogo, foi expulso.

Início da partida foi marcado por esperança entre os torcedores. Foto: Fred Magno/O Tempo 

Mas, aos 35 minutos, um banho de água fria. O gol de Luiz Henrique, aos 35 minutos, se juntou à leve chuva que atingia o bairro Serra e esfriou os ânimos. Alguns torcedores buscaram levantar os ânimos com o mítico grito "Eu acredito". Mas, aos 42 minutos, o segundo gol do Botafogo causou um misto de sentimentos: alguns torcedores começaram a xingar o time, enquanto outros voltaram a recorrer ao "Eu acredito", para não perder a esperança.

Na avaliação do profissional de T.I Carlos Lopes, de 62 anos, faltou agressividade ao Galo quando ficou em vantagem numérica. "Tinha que ter ido mais para cima. Quando você está com um a mais tem que definir logo. Mas a gente via os jogadores chegando no ataque e tocando para o lado", criticou.

Esperança foi perdendo força com o passar do jogo. Foto: Fred Magno/O Tempo 

Se a torcida do Galo terminou o primeiro tempo preocupada e frustrada no Bar do Salomão, o êxtase voltou com tudo ao local logo aos 2 minutos da etapa final. O gol de Vargas fez a torcida explodir em alegria, fé e esperança. A vibração foi acompanhada do eterno grito de "Eu acredito". 

Com o Galo pressionando o time carioca, nem mesmo a chuva forte que caiu no bairro Serra, na região Centro-sul de Belo Horizonte, tirou a empolgação dos atleticanos, que cantaram forte mesmo debaixo de chuva. Com o passar do tempo, a tensão foi ficando cada vez maior, e a cada chance perdida pelo Galo, vinha uma chuva de xingamentos.

O gol do Botafogo, na última bola do jogo, dispersou os torcedores, que após o jogo criticaram a postura da equipe. "Com um jogador a mais desde o primeiro minuto, perdeu a Libertadores. O Atlético não jogou nada", reclamou o engenheiro civil Guilherme Pimenta, que acompanhou o duelo no Bar.

Torcedor terminou a partida sentindo o gosto amargo da derrota. Foto: Fred Magno/O Tempo