Disputando o Sul-Americano pelas categorias de base da Seleção Brasileira, o atacante Alisson teve o nome envolvido em uma polêmica entre o Atlético e os seus próprios representantes. O staff do jogador veio a público para reclamar da recusa da diretoria do Galo a uma proposta do Leicester, da Inglaterra. O clube, por outro lado, respondeu com críticas aos representantes do atleta revelação do Galo e disse apostar na valorização do jogador de 19 anos.

Em entrevista coletiva após a vitória por 1 a 0 sobre o Villa Nova, pela quinta rodada do Campeonato Mineiro, o técnico Cuca criticou a postura dos representantes de Alisson e destacou o potencial de valorização do jovem jogador, visão corroborada pela diretoria. O treinador acrescentou que ele tem condições de brigar pela titularidade na equipe alvinegra.

“Vi a nota do empresário dele, mas as coisas têm que ser mais claras. Não é chegar, colocar a faca no pescoço do clube [Atlético] e falar: me venda que eu quero sair”, disparou. Cuca acrescentou que o Atlético não detém 100% dos direitos econômicos sobre o atleta. Ou seja, em uma negociação, o alvinegro não arrecadaria todo o valor proposto.

Além disso, acrescentou que Alisson tem condições de brigar pela titularidade. Ponta-direita, a jovem promessa das categorias de base do Atlético tem como provável concorrência o atacante Júnior Santos, contratação mais cara do Atlético na temporada até o momento. Em 2024, sob tutela de Gabriel Milito, o jogador alternou posição na vaga de Gustavo Scarpa, que atuou na maioria das vezes como ala.

“O jogador é um patrimônio do clube. Ele tem todas as condições de ser titular. Depende dele. E o clube tem direito de fazer o melhor para ele. Entendeu o clube que não é o melhor momento para ele sair. Que ele pode evoluir, jogar mais, ter oportunidades, ser um jogador decisivo”, acrescentou.

A proposta do Leicester era de 13 milhões de euros (cerca de R$ 79 milhões), e o Atlético não aceitaria vender por menos de 20 milhões de euros (cerca de R$ 121 milhões). Na visão de Cuca, a permanência de Alisson no Atlético pode significar uma valorização do jogador.

“Em vez de 12, 13 milhões de euros, ele pode valer 20. O jogador é um patrimônio do clube. Ele tem todas as condições de acreditar também na potência que tem o Atlético, que oferece isso para todos os jogadores”, completou o treinador alvinegro.

Bracks também reage

O Chief Strategy Officer (CSO) do Atlético, Paulo Bracks, negou que o clube não tenha respondido ao Leicester, da Inglaterra, sobre a proposta apresentada para contratar o jovem Alisson, de 19 anos. Segundo a empresa Mezzala Maestro, que cuida da carreira do jogador, a negociação não teria avançado por causa da demora do Galo em responder à oferta. Bracks afirmou ter respondido ao clube inglês e apresentado uma contraproposta.

"A gente tem que parar também de acreditar. Parar de acreditar em tudo que sai. Óbvio que, se a gente recebeu uma proposta, é óbvio que eles receberam uma contraproposta nossa, e foram mais de uma reunião. Então, a gente fez tudo da forma que deve ser feito, respeitando as partes", disse Paulo Bracks neste sábado (1º de fevereiro), antes da partida com o Villa Nova, pela quinta rodada do Campeonato Mineiro.

O Galo já teria recebido outras propostas por Alisson no meio do ano passado e também recusado. Shakhtar Donetsk e Everton demonstraram interesse em contar com o jogador, oferecendo 9 milhões de euros. O Porto também queria contar com o atacante por valores similares, mas a negociação não avançou.