A final da Libertadores de 2024 ainda não foi digerida pelo torcedor do Atlético e pelos jogadores que estiveram em campo contra o Botafogo. O lateral Mariano, que defendeu o Galo na decisão, contou alguns bastidores daquele fatídico dia em que o time mineiro não conseguiu aproveitar a expulsão do volante Gregore antes do primeiro minuto de jogo e acabou derrotado por 3 a 1. 

"Quando o Gregore é expulso, eu estava do lado do Alan Kardec. Ele virou para mim e falou: 'agora vai'. Eu falei: 'calma que futebol tem suas pegadinhas'. Todo mundo fala: 'por que o Milito não mexeu? De fora é muito mais fácil. A gente achou que ia sair o gol, achamos que o Botafogo uma hora ia ceder, mas foi o contrário", lamentou o lateral do América em entrevista ao Charla Podcast. 

Mariano contou que ainda não teve coragem de assistir os lances da final.  "Não consegui ver o jogo novamente, era algo especial, minha última Libertadores, jogar uma final. No 11 contra 11 a gente sabia que o Botafogo era favorito porque vinha numa sequência de vitórias no Brasileiro e na Libertadores, enquanto a gente vinha de dez, doze jogos sem ganhar, e ainda tínhamos perdido a final da Copa do Brasil", acrescentou.

Para o ex-lateral do Galo, o técnico Gabriel Milito deveria ter mexido na equipe durante a sequência de dez jogos sem vencer para dar uma chacoalhada no time. "A gente vinha de dez jogos sem ganhar, então tem que ter uma mudança... não vai mudar o time todo, mas três ou quatro peças para ver se dá uma outra cara, e ele (Milito) não fez", afirmou. 

Mariano foi um dos destaques do Atlético na final contra o Botafogo. Ele entrou no lugar do zagueiro Lyanco na volta do intervalo para a surpresa do próprio jogador.

"Eu não esperava entrar na final. Eu era terceira ou quarta opção do cara (Milito), e no intervalo ele me coloca. Eu fiquei surpreso. No jogo seguinte contra o Vasco, no Brasileiro, nem para aquecer ele me chama. Joguei bem a final da Libertadores e no jogo contra o Vasco eu pensei que seria titular, mas nem para aquecer eu fui", contou. 

Histórico no Galo

Após uma passagem discreta pelo Atlético em 2008 , Mariano retornou à equipe alvinegra em 2020 e permaneceu até o fim do ano passado. Ao todo, foram 184 partidas oficiais pelo Galo, um gol e 15 assistências concedidas. Ele participou da conquista dos títulos do Brasileiro, Copa do Brasil, Supercopa e Mineiro (cinco vezes).