O Atlético projeta que a dívida do clube tenha aumentado de R$ 1,3 bilhão, em 2023, para R$ 1,4 bilhão, em 2024. Os números ainda estão passando por auditoria e serão oficializados no balanço financeiro ainda no mês de abril. Para equilibrar as contas, o CEO Bruno Muzzi disse que o Galo terá que vender mais atletas na janela do meio e do fim do ano. 

"A gente pretende em 2025 que tudo aquilo que investimos possamos recuperar com vendas. A venda do Paulinho foi contabilizada em 2024 e a do Alisson em 2025. Mas, na segunda janela e do fim do ano, pretendemos fazer mais movimentos para que a conta feche, fique zerada", disse Muzzi em entrevista ao canal Sports Market Makers. 

De acordo com o CEO, um dos motivos do aumento da dívida atleticana foi justamente a necessidade de investimento na compra de atletas. Segundo ele, uma das metas da SAF para 2025 é igualar a receita de vendas aos investimentos feitos na compras de atletas.

"Desde a entrada família Menin, o Galo investiu muito na compra de atletas. Compramos muito e vendemos pouco porque em 2019 o nosso elenco era fraco. Foi feito um investimento de R$ 880 milhões nos últimos quatro anos (2021 ,2022, 2023 e 2024) e arrecadamos R$ 440 milhões com vendas. Ou seja, aumentamos o nosso endividamento em R$ 400 milhões só em compra de atletas. Agora precisamos entrar em um patamar de conseguir vender melhor do que comprar, que é o caso de clubes bem geridos", afirmou Bruno Muzzi. 

Alisson

O Atlético negociou o atacante Alisson para o Shakhtar Donetsk por 14 milhões de euros (cerca de R$ 87 milhões na cotação atual), sendo a terceira maior venda da história do clube. 

Os valores envolvendo o jovem atleticano podem chegar a 16 milhões de euros (R$ 99,5 milhões) caso o jogador atinja algumas metas estabelecidas em contrato. 

Como o Atlético tinha 80% dos direitos econômicos do atleta, o clube mineiro receberá neste primeiro momento 11,2 milhões de euros (R$ 69,6 milhões).

Mesmo com a saída de Alisson e de outros atletas, Muzzi confirmou que o clube precisará fazer mais vendas ao longo do ano. "A gente ainda precisa, na segunda janela e na janela do final do ano, fazer algumas movimentações para equilibrar essa conta de compra. Isso precisa ser uma realidade de todos o clubes, precisamos saber montar e desmontar elencos", destacou.