O Atlético volta a campo no sábado (26), quando vai enfrentar pela primeira vez o Mirassol e encarar o clube da cidade com a menor população já registrada entre todas as que já tiveram representantes na Série A do Campeonato Brasileiro desde a implantação dos pontos corridos, em 2003. 

Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Mirassol tem 63 mil habitantes, marca insuficiente, por exemplo, para encher o Maracanã, cuja capacidade oficial, hoje, é de 78 mil torcedores. O Mineirão, por exemplo, praticamente abrigaria toda a população de Mirassol - o atual recorde de público do Gigante da Pampulha é de 61.583 presentes, registrado no clássico entre Cruzeiro e Atlético, em agosto do ano passado, pelo Brasileirão. 

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O Mirassol manda seus jogos no Estádio Municipal José Maria de Campos Maia, o popular Maião, com capacidade para 15 mil torcedores, cerca de um quarto da população da cidade. Antes do  acesso do Mirassol, a marca anterior de menor população também era de uma outra cidade do interior de São Paulo. São Caetano do Sul, terra do surpreendente São Caetano, vice-campeão brasileiro em 2000 e em 2001, e habitada por 165 mil moradores. Um número ínfimo em comparação com a população da maior metrópole brasileira, São Paulo, com seus 11,4 milhões de habitantes e que, obviamente, lidera a lista das cidades mais populosas que tiveram clubes no Brasileirão.

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Duas cidades, um clube

Até o momento, 28 cidades foram representadas desde que o Brasileiro de pontos corridos foi instituído. Elas abrigaram 45 equipes diferentes. Uma curiosidade é que um mesmo clube teve duas sedes. O Grêmio Barueri, originalmente estabelecido na cidade de mesmo nome, com 316 mil habitantes, mudou sua sede para Presidente Prudente, com 225 mil moradores, também no interior paulista, virou Grêmio Prudente, ficou lá por um ano, quando estava na Série A, e voltou para a Barueri de origem.

Cidade satélite
Outro fato curioso foi o representante de uma cidade satélite na era dos pontos corridos. O Brasiliense, sediado em Taguatinga, no Distrito Federal, é até agora o único clube de Brasília a ter disputado a elite desde 2003. Levando em conta Taguatinga, são 208 mil habitantes, uma parcela pequena do que representa o Distrito Federal, com seus 2,8 milhões.

RANKING DA POPULAÇÃO DAS CIDADES DOS TIMES DA SÉRIE A (2003-2025)

  • São Paulo - 11,4 milhões (Corinthians, Palmeiras, Portuguesa e São Paulo) 
  • Rio de Janeiro - 6,2 milhões (Botafogo, Flamengo, Fluminense e Vasco)
  • Salvador - 4,1 milhões (Bahia e Vitória)
  • Distrito Federal - 2,8 milhões (208 mil em Taguatinga) (Brasiliense)
  • Fortaleza - 2,4 milhões (Ceará e Fortaleza)
  • Belo Horizonte - 2,3 milhões (América, Atlético e Cruzeiro) 
  • Curitiba - 1,7 milhão (Athletico, Coritiba e Paraná)
  • Recife - 1,4 milhão (Náutico, Santa Cruz e Sport)
  • Goiânia - 1,4 milhão (Atlético e Goiás)
  • Porto Alegre - 1,3 milhão (Grêmio e Internacional)
  • Belém - 1,3 milhão (Paysandu)
  • Campinas - 1,1 milhão (Guarani e Ponte Preta)
  • Maceió - 957 mil (CSA)
  • Natal - 751 mil (América)
  • Santo André - 748 mil (Santo André)
  • Cuiabá - 650 mil (Cuiabá)
  • Joinville - 616 mil (Joinville)
  • Florianópolis - 537 mil (Avaí e Figueirense)
  • Caxias do Sul - 463 mil (Juventude)
  • Santos - 418 mil (Santos) 
  • Barueri - 316 mil (Grêmio Barueri)
  • Chapecó - 254 mil (Chapecoense)
  • Ipatinga - 227 mil (Ipatinga)
  • Presidente Prudente - 225 mil (Grêmio Prudente)
  • Criciúma - 214 mil (Criciúma)
  • Bragança Paulista - 176 mil (Bragantino)
  • São Caetano do Sul - 165 mil (São Caetano)
  • Mirassol - 63 mil (Mirasssol)