O atacante Hulk, do Atlético, foi um dos jogadores mais criticados após o 7 a 1 sofrido pela seleção brasileira contra a Alemanha, na semifinal da Copa do Mundo de 2014, no Mineirão. Hulk conversou com o Charla Podcast nesta sexta-feira (4) e falou sobre os dias que antecederam a partida.
“Se você olhar, estávamos muito confiantes. Ganhamos a Copa das Confederações da Espanha. A gente foi com muita confiança pro Mundial. Era um grupo bom, todo mundo se respeitando e se dando bem ai vem a tragédia com o Neymar. Ele estava em um momento espetacular. Tínhamos um time muito forte com um cara diferente, voando. Ele machuca, fica a indecisão de como vamos jogar, quem entra”, contou o atacante.
“Treinamos e a maioria dos atletas achavam que ia entrar com quatro no meio contra a Alemanha, um time que envolvia muitos jogadores no meio de campo. Treinamos assim e, no final do treino, colocou o Bernard como ponta e eu do outro lado, com 3 atacantes tirando um cara do meio”, completou Hulk.
O vexame marcou alguns jogadores e Hulk foi um deles. O atacante teve poucas chances com a camisa da seleção após o Mundial de 2014. Outro jogador que também sofreu com as críticas foi o Bernard, escalado para substituir Neymar naquele jogo. “Quando chegou o jogo, na preleção, ele disse que colocaria o Bernard. Ele tava voando, é um craque como jogador e pessoa”, disse.
Durante os onze anos que se passaram desde o vexame na semifinal da Copa do Mundo, um dos principais questionamentos que ficaram foi se o técnico Felipão deveria ter entrado com um mais um jogador no meio de campo. Para Hulk, essa teria sido a decisão certa.
“Felipão optou por tirar um cara do meio. Pra mim, a melhor opção era jogar com um a mais no meio, independente de quem ele tirar na frente. Se você olhar o jogo, a gente criou uma jogada que o Fred quase fez o gol e se marca ali era outro jogo. De repente a gente toma um gol e as coisas acontecem. Eu não consigo explicar, só me recordo de entrar no vestiário depois do jogo e era um ambiente de velório. Dois momentos que vivi no futebol que foram os piores: o 7 a 1 e a final da Libertadores”, contou o atacante.