Nas últimas horas, veio à tona a informação de que o Atlético tem pendências financeiras com Paulinho, ex-jogador do Galo, hoje no Palmeiras. Além de não repassar a ele um valor que deveria ser repassado pela venda ao clube paulista, há também um débito referente às luvas que deveriam ser pagas no momento da chegada do atacante a BH, em 2023. O Atlético admitiu pendências, apesar de afirmar que houve distorção de valores em algumas publicações.
Esse tipo de notícia me preocupa muito mais do que um jogo mal jogado ou uma derrota pra um time inferior. É o tipo de coisa que eu, sinceramente, achei que não aconteceria mais depois da constituição da SAF. E, obviamente, prejudica (e muito) a imagem do Galo perante o mercado.
Nada é mais valioso pra uma pessoa ou instituição do que a sua credibilidade. Um clube que cumpre o que acorda tem facilidade em negociações. Por outro lado, um clube que não honra seus compromissos demora a limpar essa mancha.
O Galo, num passado recente, teve problemas de pagamento para seus jogadores, para empresários, para outros clubes e, agora sabemos, para atletas que deixaram o clube recentemente. Basicamente todo o mercado da bola diagnosticou que o Atlético não tem sido bom pagador.
Imaginem o impacto disso em negociações futuras? Imaginem o ânimo de um atleta que negocia transferência com o Galo ao ler que um jogador que chegou há dois anos não recebeu até hoje parte do valor que deveria ter recebido pelo acerto?
Nessas horas, que me perdoem os entusiastas da SAF, mas eu não consigo não refazer a pergunta que, vez ou outra, precisa aparecer: virou SAF pra quê? Qual o grande benefício até agora? Mais uma vez, as notícias do Atlético mais parecem notícias sobre um clube associativo qualquer, que vende o almoço pra pagar a janta e, definitivamente, promete mais do que pode cumprir.