O sonho da casa própria é dito por muitos como o maior desejo a se conquistar na vida. Para os torcedores do Atlético, isso já virou realidade. Neste domingo (27/8), o Galo vai inaugurar a Arena MRV, às 16h, para a partida contra o Santos, pelo Campeonato Brasileiro, e a equipe de O Tempo Sports ouviu atleticanos que contaram a emoção de ter o novo lar alvinegro.
Jaqueline Araújo e a mãe Maria de Lourdes acompanham o Galo juntas desde que a filha era criança – do Mineirão ao Independência, ou até mesmo fora de Minas Gerais. “Estou muito feliz em ver o nosso sonho se tornar realidade. Jamais imaginei viver esse momento tão emocionante. Nem sei expressar o tamanho da minha alegria”, disse a matriarca de 63 anos.
“O Mineirão foi a minha primeira referência de estádio de futebol, foi onde eu pude me apaixonar mais pelo Galo e onde eu vivi as maiores emoções como atleticana. Eu vou sentir muita saudade de lá, mas a Arena MRV é o sonho de todo atleticano! Estou muito ansiosa para conhecer nossa nova casa e já imaginando os títulos que vamos conquistar lá”, comentou Jaqueline.
Quem auxiliou para que a Arena MRV fosse inaugurada com mais antecedência, sem a necessidade de aguardar as obras das contrapartidas, foi César Gordin, ex-presidente da Galoucura, que protocolou o projeto de lei que autoriza o funcionamento do estádio. “O sentimento é o melhor possível como atleticano e torcedor fanático, a sensação é a melhor possível. Com esse projeto, nós conseguimos isso e agora libera a nossa Arena, e a sensação é maravilhosa. É bom demais ter a nova casa, acho que é um dos estádios mais modernos do Brasil, muito bonito, merece ter a torcida no estádio”, disse o autor do projeto de lei.
Da arquibancada e das torcidas organizadas também vem João Barros, de 21 anos. Membro da bateria da Galoucura, o jovem é torcedor assíduo dos jogos do Atlético dentro e fora de Belo Horizonte.”É bem difícil, de verdade, de transformar esse sentimento em palavras, mas como vi essa referência em algum lugar, é como finalmente ir para o seu apartamento próprio que você financiou e ficou ansioso esperando enquanto pagava aos poucos. Não tem nada melhor no mundo do que estar em um lugar que é seu”, disse o torcedor.
“Mesmo com todo o simbolismo histórico que o Mineirão tem para todos nós e com todas as emoções vividas no Horto, não tem comparação! Acabando o jogo de domingo já vou estar ansioso para o próximo, e depois para o próximo novamente, e assim se repetindo sucessivamente até a última vez que eu pisar na nossa casa, em vida. Quando saímos de casa para fazer qualquer coisa que seja, tem momento melhor do que quando a gente volta para ela? Não tem”, finalizou João.
O sentimento de alegria e tristeza vem sendo conduzido pelos atleticanos. O Mineirão foi a casa do Atlético por mais de 50 anos, estádio onde o clube foi multicampeão mineiro, conquistou a tão sonhada Libertadores de 2013, Copa do Brasil de 2014 e o Campeonato Brasileiro de 2021.
“Tristeza porque o Mineirão foi a nossa casa por muito tempo, acho que a maioria dos torcedores frequenta desde criancinha, então, é uma emoção grande ter o Gigante da Pampulha. Mas é uma felicidade muito grande em ter a própria casa agora, que é um sonho do atleticano nesses últimos anos. Estou bem ansioso para a nova casa. Muito feliz, não tem como”, comentou o torcedor Diego Nogueira.