“Faça o que você gosta e nunca vai trabalhar na vida!”. A frase é de Levir Culpi, publicada por ele nesta quarta-feira (5) em sua conta no Twitter. O dito, em síntese, representa muito o que é o treinador, que chegou ao Galo para a sua quinta passagem.

Em meio à turbulenta temporada, a diretoria alvinegra resolveu trocar a pouca experiência de Thiago Larghi, muito pressionado pela instabilidade da equipe, pela bagagem de Levir Culpi, o que, no fim das contas, se mostrou acertado. O alvinegro correu o risco de perder a vaga na Copa Libertadores do próximo ano, mas conseguiu sustentar a sexta colocação no Campeonato Brasileiro.

Levir soube ganhar o vestiário e a confiança do grupo rapidamente, recuperou os criticados Elias e Cazares e, ao mesmo tempo, recebeu elogios do torcedor, que já o conhecia de momentos anteriores. “A gente percebe que existe um clima bom, uma energia boa com o Atlético. Me lembro da primeira vez que vim a Belo Horizonte, o relacionamento com o povo, passando até para o ramo de restaurante mineiro (Levir tem um restaurante em Curitiba). É uma afinidade que eu não sei explicar”, ressaltou Levir no sábado passado, logo após a vitória sobre o Botafogo, no último compromisso do ano.

Em nove jogos pelo clube neste ano, ele obteve quatro vitórias, quatro derrotas e um empate, vendo o time tomar nove gols e marcar os mesmos nove. O aproveitamento de 48% parece até pequeno, mas foi o suficiente para as pretensões alvinegras em 2018. Somando todas as passagens, Levir já se aproxima da marca de 300 jogos no comando do time. São 297 partidas até então.

Extracampo

Toda essa identificação deixa Levir ainda mais inspirado para representar as cores alvinegras, ao ponto de ter, desta vez, bem mais responsabilidade na formação da equipe do que em outras oportunidades. Para 2019, o trabalho já começou. Ele adiantou que a reformulação da equipe será grande.

“A Libertadores é uma competição muito difícil. É um título cobiçado por todo mundo. Tem que se preparar, ter um elenco. Vejo hoje dois ou três clubes com os elencos preparados para a Libertadores, e nós ainda não estamos, mas poderemos chegar em janeiro”, ponderou o treinador.