De volta a BH

Otamendi é personagem em meio a vacilos defensivos da Argentina

Torcedor em quase nada interagiu com ex-jogador do Atlético, que já havia retornado ao Mineirão antes do duelo pela Copa América

Por João Vitor Cirilo
Publicado em 19 de junho de 2019 | 23:48
 
 
 
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A "bipolaridade" das paixões futebolísticas em Minas Gerais faz com que quando um "ex" retorna a Belo Horizonte o torcedor raramente se comporte com indiferença. Quando o duelo é entre seleções, em que as torcidas de Atlético e Cruzeiro podem estar presentes na arquibancada, a chance disso acontecer é ainda mais clara.

Nesta quarta-feira (19), quem teve a chance de voltar a BH foi o zagueiro argentino Nicolás Otamendi. Bom, o defensor do Manchester City teve passagem bastante rápida pelo Galo e não gerou identificação tão representativa assim, mas de um modo geral, a torcida alvinegra tem por ele grande respeito, tendo em vista que o desempenho foi positivo. Entretanto, no Mineirão, foram poucas as interações com o camisa 17 da Argentina quando a bola rolou. 

Pelo Atlético foram somente 19 jogos, sendo 11 como mandante. Porém, no Mineirão, vestindo a camisa alvinegra, o argentino fez apenas um jogo, o de volta da decisão do Campeonato Mineiro contra o Cruzeiro em 13 de abril de 2014, encerrado em 0 a 0. Ele também esteve com a Argentina na derrota por 3 a 0 para o Brasil, pelas Eliminatórias, em 10 de novembro de 2016. 

Quando a bola rolou, a pouca ofensividade das equipes nos primeiros momentos fez com que Otamendi, postado sempre como último defensor, fosse um mero espectador nas ações iniciais. Pouco depois de sua primeira antecipação com tranquilidade antes dos 20 minutos, um susto, quando o camisa 17 pegou mal na bola dentro da área e chegou a assustar levemente o torcedor. Por sorte, a bola não foi em direção ao gol de Armani. 

Oito minutos depois, Otamendi observou ao seu lado um chute de Derlis Gonzalez ser desviado com perigo por Tagliafico. Em nova chegada perigosa do Paraguai, o gol. A linha defensiva dos hermanos estava postada, mas os volantes não acompanharam Sánchez, que chegou em velocidade para finalizar. Otamendi se posicionou para marcar Santander, tentou se jogar para impedir a finalização, mas o carrinho foi insuficiente para evitar o chute limpo que inaugurou o marcador. Depois disso, foi um "Deus nos acuda", com o caos que se tornou o sistema defensivo argentino. 

No segundo tempo, os contra-ataques e a presença de Santander incomodaram o defensor nos primeiros minutos. O cenário mudou em favor da Argentina com o pênalti convertido por Messi ainda aos 11 minutos, mas Otamendi foi personagem chave para trazer de volta a emoção, quando cometeu penalidade infantil ao dar carrinho dentro da área em Derlis, infração batida pelo mesmo e defendida por Armani. O 1 a 1 não saiu mais do placar.

Inacreditavelmente, Otamendi não levou amarelo no lance do pênalti, o que certamente o expulsaria, já que cometeu outra falta perigosa aos 37 do segundo tempo. Digamos que o zagueiro deixou o Mineirão "no lucro".

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