Entre o amor e o ódio

200 vezes Egídio no Cruzeiro: ano mágico em 2014, taças e críticas

Lateral-esquerdo é um dos jogadores mais criticados pela torcida celeste nesta temporada; apesar disso, ostenta seis títulos pela Raposa

Por Josias Pereira
Publicado em 09 de outubro de 2019 | 08:00
 
 
 
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Caso entre em campo hoje contra o Fluminense, o lateral-esquerdo Egídio chegará ao seu jogo de número 200 com a camisa do Cruzeiro. Contratado em dezembro de 2012, o jogador esteve na campanha histórica do bicampeonato brasileiro. Chegou à partida de número 100 em novembro de 2014, ano em que também foi eleito o melhor lateral-esquerdo do Brasileiro. 

Em janeiro do ano seguinte, ele deixou a Raposa, transferindo-se para o Dnipro Dnipropetrovsk, da Ucrânia, por cerca de R$ 6,4 milhões, com a Raposa embolsando metade desse valor. A negociação não deixou de render certa polêmica. Egídio voltou ao Brasil cerca de um mês e meio depois, assinando com o Palmeiras após rescindir pelo não recebimento de salários no clube ucraniano. 

O atleta só retornou ao time celeste no ano passado, também sendo parte importante na conquista da Copa do Brasil em cima do Corinthians. Em números gerais, o título mineiro desta temporada significou o sexto título de Egídio pela Raposa. 

Ele ainda faturou os Mineiros de 2014 e 2018.  Em 2019, Egídio não vem vivendo um ano tão positivo, sendo um dos mais criticados pela torcida.  O lateral já esteve em campo em 36 partidas nesta temporada, e marcou um gol na vitória celeste sobre o Tupi por 3 a 0, pela primeira fase do Campeonato Mineiro. Nos números gerais, ele já fez cinco gols pelo Cruzeiro. 

Desejo 

Na partida que marcou o seu jogo de número 100 pelo Cruzeiro, Egídio deixou a sua marca, fazendo um golaço de falta na vitória por 2 a 0 sobre o Botafogo, pelo Campeonato Brasileiro. Nesta quarta-feira, novamente diante de um carioca, tudo que Egídio quer de presente é a vitória, um resultado que vai encerrar mais de um mês de jejum da Raposa sem vitórias. 

Um ano de altos e baixos para o atleta, que ficou marcado pelo icônico "Piscininha, amor" e espalhou-se nas redes sociais. Quando da sua primeira passagem por BH, ele já ficou marcado pelo 'biziu na perninha', em alusão aos seus dribles. As 'zoeiras' quanto ao atleta sempre se alternaram entre o amor e o ódio a cada nova atuação. 

"A gente se encontra em uma situação que pelo menos eu, que vou completar 200 jogos, nunca passei aqui no Cruzeiro. Mas eu sei do tamanho, da grandeza do Cruzeiro, sei também que o time já passou por uma situação parecida e conseguiu sair. A lembrança que me traz positividade em relação à essa marca de 200 jogos pelo Cruzeiro, foi que no meu centésimo jogo, contra o Botafogo, eu meti um golaço de falta e conseguimos, além do gol, a vitória. Seja o que Deus quiser, independentemente de fazer um gol, a vitória vai ser o maior presente. Pode ter certeza que vamos nos doar ao máximo para buscar essa vitória", disse o lateral do Cruzeiro. 

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