Desde o jogo contra o Betim Futebol, no último sábado (27/1), Fernando Diniz acredita que sua manutenção no cargo de técnico do Cruzeiro se tornou insustentável. Ele espera que, a qualquer momento, seja comunicado pela diretoria a sua demissão.

No entanto, o profissional de 50 anos discorda de toda a pressão que vem sofrendo, especialmente da torcida, o que se estende para a gestão do clube. O TEMPO Sports apurou que ele não vê sentido na situação em que foi colocado.

No fim da temporada passada, Pedro Lourenço, dono da SAF, e Alexandre Mattos, CEO, estavam decididos a tirar Diniz do posto. No entanto, após o treinador expor, após a partida contra o Juventude, que estava irritado com a postura dos dirigentes, que não haviam lhe comunicado nada, eles retrocederam.

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O trabalho de Diniz ganhou respaldo para iniciar a pré-temporada de 2025, o que era seu desejo, porém, após dois amistosos e três jogos oficiais, isso com diversas saídas e nove reforços, a confiança não existe mais. Inclusive, a direção do Cruzeiro já sonda outros nomes para substituí-lo.

Nesta segunda-feira (27/1), a comissão técnica e o elenco se reapresentam na Toca da Raposa 2 para retornarem aos treinamentos. Há expectativa por uma nova reunião entre a direção e o técnico.

O próximo jogo do Cruzeiro será contra o Itabirito, na quinta-feira (30/1), às 19h (de Brasília), no Independência, pela 4ª rodada do Campeonato Mineiro. Não é certo que Fernando Diniz, que possui contrato até dezembro de 2025, esteja à beira de campo.

Sábado

Após empatar com o Betim e ser vaiado e xingado pelos torcedores no Mineirão, Pedro Lourenço teve uma dura conversa com Fernando Diniz no vestiário. Não só o resultado incomodou o empresário, mas o desempenho da equipe também.

Na coletiva, a qual o técnico demorou a aparecer, o que aumentou a tensão sobre uma possível demissão, Diniz analisou o jogo e tocou no assunto. Segundo ele, é natural a reclamação da torcida, mas o que vem acontecendo é anormal, pois a pressão não é sobre o trabalho deste ano, mas de 2024.

"Ainda não é o meu limite. Não fomos dominados por nenhum time até aqui. Eu carrego o peso pelo retrospecto do ano passado, e a torcida pensa assim. A sequência de resultados deixa a torcida impaciente, e com razão. Mas acredito no trabalho", disse.