A Minas Arena, concessionária que administra o Mineirão, anunciou nesta sexta-feira (31/1) que Samuel Lloyd está se despedindo da administração do estádio. Ele estava no comando desde outubro de 2015.

“Trabalhar no Mineirão foi a experiência profissional mais marcante da minha vida. Foi uma verdadeira escola, intensa e transformadora, que me ensinou sobre generosidade, acolhimento, hospitalidade e, acima de tudo, sobre a importância dos patrimônios materiais e simbólicos na construção e evolução da nossa sociedade", disse.

A saída de Lloyd tem a ver com seu acúmulo de funções. Agora, ele se dedicará exclusivamente à Urbia Parques, empresa do grupo Construcap, que administra o Parque do Ibirapuera, em São Paulo, dentre outras concessões, como a do Gigante da Pampulha.

Agora, quem passa a acumular essa função é André Luís Santana Moraes, presidente do consórcio que administra o estádio, formado pelas empresas Egesa e HAP, além da Construcap. "A paixão que move toda a equipe do Mineirão é contagiante, e neste ano especial, em que celebramos os 60 anos desse Gigante, me despeço do cargo de diretor para assumir, com enorme orgulho, os papéis de torcedor e fã”, concluiu.

Histórico

Durante a administração de Samuel Lloyd, profissional formado nas áreas de comunicação e marketing, o Mineirão recebeu partidas de futebol como dos Jogos Olímpicos de 2016; da Copa América de 2019; das Eliminatórias para as Copas do Mundo de 2018 e 2022. Além, claro, de partidas decisivas de Cruzeiro e Atlético e outros eventos esportivos, como a Stock Car.

Além disso, a arena se tornou conhecida pelos grandes shows internacionais, como de Paul McCartney, Roger Waters, Metallica, Guns N'Roses e Bruno Mars. No cenário nacional, são incontáveis as apresentações de grandes artistas. No período, foram 1.120 eventos para um público de 4,7 milhões de fãs.

Cruzeiro

Com a construção da Arena MRV, novo estádio do Atlético, o Mineirão passou a receber majoritariamente jogos do Cruzeiro. Mas antes de haver um acordo entre as partes, a relação era conturbada, e Lloyd passou a ser um alvo da China Azul.

Na gestão de Ronaldo Nazário, o clube passou a criticar, publicamente, a administração do estádio. Supostos altos custos e falta de entendimento fizeram com que Fenômeno chegasse a dizer que sua relação com o Gigante estava rompida.

Após a criação de um comitê e diversas reuniões, as partes assinaram um novo contrato, válido até 2026. O TEMPO Sports apurou que, com a compra da SAF, em abril de 2024, pelo empresário Pedro Lourenço, a relação melhorou.