Se o Cruzeiro é o líder do Campeonato Brasileiro Feminino, garantindo a primeira colocação na fase inicial com duas rodadas de antecedência, o sistema defensivo tem grande parcela na boa fase. E nada melhor que ter uma goleira bastante confiável debaixo das traves.

Aos 24 anos, Camila Rodrigues é a dona da meta cruzeirense. No Campeonato Brasileiro Feminino, a goleira esteve em campo em 11 dos 14 jogos da equipe, sofrendo apenas sete gols. Números que a fizeram ser convocada para disputar a Copa América, que será disputada no Equador, entre os dias 12 de julho e 2 de agosto, pela seleção brasileira. Em entrevista exclusiva a O TEMPO Sports, a número 12 falou da emoção em ver o nome anunciado pelo treinador Arthur Elias.

"Foi uma emoção enorme. A gente sonha e trabalha muito pra viver momentos como esse. Representar o Brasil é sempre algo muito especial, e quando essa oportunidade vem numa competição tão importante como a Copa América, o sentimento é ainda mais gratificante", afirma Camila.

A goleira do Cruzeiro tem sido nome constante nas convocações de Arthur Elias. Camila esteve presente nos amistosos diante do Japão, nos dias 30 de maio e 2 de junho, mas não disputou os Jogos Olímpicos em 2024, quando a seleção brasileira ficou com a medalha de prata. Além disso, a arqueira também fez parte do elenco comandado por Pia Sundhage, que jogou a Copa do Mundo de 2023.

"Acredito que cada convocação traz uma emoção única. Cada oportunidade tem seus próprios desafios, expectativas e aprendizados. Mas a alegria de vestir a camisa da seleção continua sendo sempre surpreendente e especial, não importa quantas vezes aconteça", comenta.

Camila é uma das duas jogadoras do Cruzeiro que foram chamadas por Arthur Elias para a Copa América e também um amistoso contra a França, no dia 27 de junho. Além dela, a zagueira Isa Haas também está na lista, mostrando que o bom momento do clube reflete nas convocações para a seleção brasileira.

"Estar vivendo um bom momento no clube faz toda a diferença. A confiança vem com a sequência de jogos, de trabalho bem feito no dia a dia. No Cruzeiro temos conseguido manter uma regularidade importante, e isso reflete diretamente nas oportunidades com a seleção. Sempre acreditei que estando bem no clube, as portas se abrem naturalmente. Agora é seguir evoluindo e aproveitando cada chance pra crescer e, quem sabe, me tornar uma das referências do país no futuro", diz Camila.

Para a goleira do Cruzeiro, o excelente momento da seleção brasileira, que vem de três vitórias consecutivas (duas contra o Japão e uma contra os Estados Unidos) e o vice-campeonato nos Jogos Olímpicos, demonstram a força da equipe, que segundo ela, é a grande favorita para vencer a Copa América.

"O Brasil sempre entra como um dos favoritos em qualquer competição. E agora, com o trabalho que vem sendo feito pelo Arthur, com muita consistência e bons resultados, isso se fortalece ainda mais. A equipe vem evoluindo muito e temos total condição de brigar pelo título", finaliza.

Disputada desde 1991, a Copa América Feminina já teve nove edições. O Brasil conquistou oito delas, não sendo campeão apenas em 2006, quando foi derrotado pela Argentina na decisão. A Amarelinha vem de quatro títulos consecutivos do torneio.