Além de títulos e grandes jogos, o Cruzeiro participou da vida de outro torcedor de uma maneira inusitada. Graças a um jogo da Raposa, um cruzeirense natural de Abaeté, região Central de Minas Gerais, descobriu um problema de saúde e pôde buscar uma solução. A história de Walter foi compartilhada pelo clube estrelado em suas redes sociais.  

Como é em toda boa e velha história de torcedor, Walter conheceu o Cruzeiro por meio do pai, que ouvia os jogos da Raposa em um rádio que tinha em uma venda na cidade de Abaeté. O município era humilde e tinha acesso limitado a meios de comunicação.  

“Eu morava num rincão no interior de Minas, no município de Abaeté. Não tinha acesso a quase nada, não tinha rádio, não tinha TV, eu não sabia de futebol. Até que o vendeiro, que por sinal se chamava Pedrinho (mesmo nome do dono da SAF do Cruzeiro), comprou um rádio para a venda dele. E meu pai ia lá, os meninos, nos levava também. Um dia eu acompanhei a transmissão de Cruzeiro e Santos para a Taça Brasil de 1966. Então ali, me apaixonei mesmo pelo Cruzeiro”, relatou, em entrevista à BetFair, patrocinadora máster do clube. 

Em 1976, conta Walter, foi que ele descobriu que tinha um problema de visão. E a descoberta veio exatamente em um jogo do Cruzeiro. Porém, para não perder nenhum lance do time do coração, Walter conseguiu uma solução.  

“Em 1976 eu fui para Belo Horizonte, e foi ali no Mineirão que descobri que eu era míope. E eu consegui um pedaço de lente para assistir a Cruzeiro 7 x 1 Alianza Lima (pela Libertadores daquele ano). Foi com esse pedaço de lente que eu assisti aos jogos todos”, relata. 

Recentemente Walter teve a oportunidade de conhecer o Mineirão. Ele esteve no vestiário do Cruzeiro, vendo os atletas se preparando para entrar em campo. O homem também pôde pisar no gramado do Gigante da Pampulha. O torcedor afirma que a experiência vai ficar para sempre na memória. 

“Pisar no Mineirão, no gramado, é uma sensação incrível. Só quem vem aqui pode sentir isso. Nunca mais vou esquecer esse sentimento que eu tive ali, e ver o meu prazer de dentro, dentro do estádio. O time também é paixão, estar aqui com ele, estar aqui junto no estádio, dentro, vendo o vestiário dos jogadores, onde eles pisam todo dia, trocam de roupa”, afirma.