Após mais de seis horas de votação, foi conhecido, na noite desta quinta-feira (26/10), quem será o presidente da associação do Cruzeiro pelo triênio 2024/2026. O médico Lidson Potsch, vice do atual mandatário, Sérgio Santos Rodrigues, foi o escolhido pela maioria dos membros do Conselho Deliberativo.
Um de seus maiores desafios será honrar os pagamentos do Plano de Recuperação Judicial do clube – dívida é de aproximadamente R$ 500 milhões. A associação ainda possui 10% da Sociedade Anônima do Futebol (SAF), gerida por Ronaldo Nazário desde dezembro de 2021.
E por falar no Fenômeno, Lidson era o candidato apoiado pelo 'patrão' e pelo seu principal investidor, o empresário e também conselheiro Pedro Lourenço. Ao todo, compareceram para votar no Parque Esportivo do Barro Preto, região Centro-Sul de Belo Horizonte, 418 conselheiros.
Por volta das 21h40, durante a apuração da última das três urnas, constatou-se que a chapa do concorrente, Ronaldo Granata, já não alcançaria a outra. Assim, começaram as comemorações, em especial a de Rodrigues. Também houve foguetório na rua.
"Ele (Ronaldo Nazário) aceitou esse desafio enorme que foi pegar uma dívida de R$ 1,1 bilhão. A associação está praticamente saneada, com dívidas tributárias e trabalhistas bem equilibradas. Agora é trabalhar pelo futuro do Cruzeiro", disse o novo presidente à imprensa.
A Cruzeiro Consciente é encabeçada por Lidson Potsch, tendo como vices Clemenceau Chiabi e Waldeyr Estevão. Ele promete "buscar a eficiência administrativa, desenvolvimento e sustentabilidade dos clubes de lazer; ter uma administração pautada pela ética, integridade e transparência", informou.
A outra era De Palestra a Cruzeiro, que tinha como candidato a presidente Ronaldo Granata, seguido por Antônio Carlos Cruvinel e Nagib Geraldo Simões. Outro conselheiro nato, Granata também tem histórico na presidência da Raposa.
Ele era vice de Wagner Pires de Sá durante a maior crise da história do clube. Renunciou após os escândalos de 2019. Já Simões, um de seus vices, presidiu o Conselho Deliberativo entre janeiro de 2021 e abril de 2022, quando também renunciou ao cargo.