Cruzeiro: Árbitro pesa mão na súmula por expulsões e 'pressão' de dirigente

Alvo de muitas reclamações de jogadores, torcedores e comissão técnica do Cruzeiro em função condução da partida desta terça-feira (19), diante do Guarani (derrota por 1 a 0), o árbitro Wagner do Nascimento Magalhães 'pesou a mão' na súmula da partida, ao relatar os motivos das exuplsões de três jogadores e do preparador físico da Raposa.

Durante a partida, o árbitro aplicou o cartão vermelho em Daniel Jr e Filipe Machado ainda no primeiro tempo, deixando o time celeste com dois jogadores a menos. O preparador físico Gonzalo Álvarez também foi excluído do jogo. Na segunda etapa, Edu, que já havia sido substituído, também levou o vermelho. 

Sobre a expulsão de Daniel Jr, aos 33 minutos, Wagner do Nascimento citou ofensa proferida pelo jogador contra ele: "Após uma marcação de falta contra a sua equipe, o mesmo vindo em minha direção gesticulando e dizendo as seguintes palavras: "Foi falta filho da p*". Me senti ofendido em minha moral e honra", relatou na súmula.

Já a situação do volante Filipe Machado foi ainda pior. Além de destacar que o jogador levou o primeiro cartão amarelo por reclamação e o segundo por cometer falta temerária, o árbitro também relatou que o atleta do Cruzeiro desferiu um soco na cobertura do banco que abrigava integrantes da CBF e da FMF, danificando o equipamento de proteção.

A expulsão do preparador físico Gonzalo Álvarez foi praticamente em sequência. O árbitro relatou na súmula que o profissional reclamou de forma ostensiva e ainda chutou um microfone que estava instalado à beira do campo.

'Algo de ruim'

No documento oficial da partida, o árbitro Wagner do Nascimento Magalhães ressaltou ter sido interceptado no intervalo por Enrico Ambrogini, diretor de operações do Cruzeiro, que o teria dito, em tom de ameaça: "Se acontecer algo de ruim aqui, a culpa é de vocês, vocês são os responsáveis".

O árbitro também relatou a expulsão de Edu, que levou o cartão vermelho no lance do gol do Guarani após se irritar com Giovanni Augusto e Richard Rios, que chutaram a bandeirinha de escanteio, que tinha o escudo do Cruzeiro. Transtornado, Edu partiu pra cima dos jogadores do Bugre. 

"Expulsei de forma direta por na comemoração do gol da equipe adversária, o mesmo sair do seu banco de suplentes e ir na direção dos atletas adversários que estavam comemorando o gol, agarrando a camisa de forma agressiva o seu adversário de nº 10, Giovanni Augusto Oliveira Cardoso, dando início a um princípio de confusão", relatou o árbitro sobre a expulsão de Edu.