Uma vitória na bola alivia qualquer ambiente, embora o cerne do problema persista. O Cruzeiro vinha de três insucessos na Série A do Campeonato Brasileiro, frente a São Paulo (1 a 0), Internacional (2 a 1) e Coritiba (1 a 0). Nesse sábado (18), reencontrou-se com a vitória, ao bater o Fortaleza por 1 a 0, em compromisso adiado da 30ª rodada. O atacante Bruno Rodrigues marcou o gol que restabeleceu a confiança azul e branca para os cinco duelos restantes na competição.
Triunfar no Castelão tirou a Raposa da zona do rebaixamento. Atualmente, acumula 40 pontos, em 16º lugar. Com um compromisso a menos em relação aos demais concorrentes do certame, o time da Toca II terá pela frente, agora, o Vasco. Quarta-feira (22), as equipes se enfrentam, às 19h, no Mineirão, em mais uma disputa adiada, desta feita, pela 33ª rodada.
Portões fechados
Não haverá torcida no jogo, porque facções organizadas do clube do Barro Preto se envolveram em episódios de confusão, violência e vandalismo, na derrota para o Coritiba por 1 a 0. Por isso, os atos considerados criminosos, ocorridos no estádio Durival de Britto, motivaram o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) a afastar os demais torcedores cruzeirenses dos estádios, nesta reta final do Brasileirão.
"Gostariamos de contar com os verdadeiros torcedores nos próximos jogos, porque é para eles que trabalhamos", lamenta Paulo Autuori, treinador do Cruzeiro.
Em decisão liminar, o órgão determinou que o Cruzeiro não terá torcida nos jogos restantes do Brasileirão. Portões fechados como mandante, e proibição de cruzeirenses nas jorandas fora de casa.
"As cenas que estamos acostumados a ver aí, não são de torcedores. Eles têm de ser tratados, pelos responsáveis pelo Estado e pelo Brasil, como algo sério. Deve-se deixar de populismo e atacar os problemas sérios", prossegue Autuori.