A saída da antiga gestão do Cruzeiro fez o Cruzeiro parar de se afundar em dívidas, mas o estrago foi grande e tenta ser minimizado na administração de Sérgio Santos Rodrigues.
Uma notícia favorável em um quadro econômico que pode exigir muito tempo para ser revertido é a aprovação do balanço financeiro do clube referente ao ano de 2020 feito em auditoria pela Moore Auditores e Consultores, que possui 600 escritórios em 114 países.
“As demonstrações financeiras apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira do Cruzeiro Esporte Clube em 31 de dezembro de 2020, o desempenho de suas operações e seus fluxos de caixa para o exercício findo nessa data, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, aplicáveis às entidades sem finalidades de lucros e às entidades desportivas", garante a empresa.
O endividamento persiste e foi computado na ordem de R$ 897 milhões. Considerando apenas a gestão do presidente Sérgio Santos Rodrigues, que assumiu o Cruzeiro de forma oficial a partir de junho de 2020, foi constatado um superávit de R$ 33 milhões no período.
As dívidas foram reduzidas de 77% do valor total para 36,5%. “A administração buscou acordos para negociações e alongamento da dívida para evitar bloqueios nas contas correntes e ainda alongar a dívida do clube, reduzindo o estrangulamento do caixa. Os bloqueios reduziram significativamente uma vez que a administração honrou com as negociações feitas no período, dando maior credibilidade para com os credores", registra trecho do desempenho.
"Além disso, houve redução substancial dos juros e correções de impostos em R$ 152 milhões em função da Transação Tributária assinada em 23 de outubro de 2020. A redução durante os sete meses de gestão Sérgio Santos Rodrigues representou R$ 158 milhões no período”, finaliza o documento.