Justificativa

Cruzeiro contesta Portela e diz que desvio de uniformes não foi comprovado

Em nenhum momento, clube citou Benecy Queiroz, mas pediu que parlamentar apresente documentos que comprovem tal denúncia

Por Josias Pereira
Publicado em 02 de dezembro de 2020 | 19:39
 
 
 
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Mais um capítulo da polêmica envolvendo uma denúncia exposta pelo deputado estadual Léo Portela (PL), ex-superintendente de relações institucionais do Cruzeiro, de um esquema de desvio e venda de materiais esportivos do clube. O time estrelado negou, por meio de nota oficial, qualquer tipo de provas robustas, como citado pelo ex-dirigente, que comprovassem tal prática dentro da Raposa. 

"Foi instaurada uma investigação interna, que durou até o mês de julho, para averiguação [...] Mesmo sem provas que atestassem irregularidades, a diretoria tomou medidas internas para aprimorar a segurança e o fluxo de solicitação, liberação e utilização de materiais esportivos para todos os departamentos", escreveu o clube. 

O Cruzeiro ainda ressaltou em nota que aguarda a apresentação de provas por parte de Léo Portela, levando a denúncia e documentos coletados para os órgãos competentes. O parlamentar é associado do Cruzeiro. 

A palavra de Portela 

Mais cedo, Portela comentou ao Super.FC sobre a condução dessa investigação, citando ainda a participação de Milton Matos, o Miltão, segurança que foi demitido do Cruzeiro. 

"Recebi uma denúncia e comecei a investigar. Nessa investigação, conseguimos chegar ao cabeça desse esquema pesado de roubo de material no Cruzeiro, de desvio de material esportivo oficial do clube. Os fatos investigados levavam às portas de Benecy Queiroz. Não posso afirmar que ele participava ativamente, mas no mínimo ele teve culpa in vigilando. Como responsável pela Toca, ele deveria saber tudo que acontecia lá dentro. É o mínimo que poderia ser atribuído a ele. Infelizmente, quando chegamos em via de conclusão e emitir o resultado da investigação, ela foi retirada das minhas mãos", afirmou Portela ao Super.FC.

Na mesma entrevista, ele também falou sobre o susposto envolvimento de Benecy Queiroz, supervisor da Toca da Raposa II no escoamento de material esportivo, ligando o fato à demissão do segurança Milton Matos, um desafeto do administrador celeste. 

"No meu ponto de vista, o Miltão foi compelido a sair do clube. Ele era um desafeto do Benecy, já tinha apontado algumas irregularidades outras vezes e não era visto pelo Benecy com bons olhos. Estranhamente, ele saiu do Cruzeiro logo após essa investigação sair das minhas mãos. Não posso afirmar que teve ligação, mas é no mínimo estranho", completou.

O Super.FC tentou falar com Benecy Queiroz, mas ele não atendeu as ligações. Portela, além do posicionamento, também utilizou suas redes sociais para reiterar seu posicionamento quanto ao destino que vem sendo tomado no clube. 

Sobre o segurança Milton Matos  

O Cruzeiro, em seu posicionamento oficial, também buscou esclarecer as declarações de Portela quanto à demissão do colaborador Milton Matos. O clube alegou que o corte do funcionário aconteceu pela situação financeira atravessada pelo time e que Miltão ainda mantém boa relação com figuras do clube, inclusive da diretoria.  

Nada de Benecy 

A nota oficial do Cruzeiro não traz nenhuma explicação ou menção sobre o envolvimento de Benecy Queiroz. 

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