O ex-presidente do Conselho Gestor do Cruzeiro entre dezembro de 2019 e maio de 2020, Saulo Fróes, falou ao Super.FC sobre as polêmicas envolvendo o ex-jogador e empresário Ronaldo e parte do Conselho Deliberativo do clube celeste. Durante a semana, a Mesa Diretora do Conselho divulgou um comunicado em que questiona alguns pontos do contrato, critica exigências feitas pelo Fenômeno e a falta de transparência no acordo de aquisição de 90% das ações da SAF por parte do ex-jogador e diz temer a perda de patrimônio, como as Tocas I e II. Caso não tenha apoio do Conselho, Ronaldo pode até desistir da compra da SAF. O empresário, inclusive, deu declarações nesse sentido.
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“Na minha avaliação, o imbróglio que envolve o contrato da SAF com o Ronaldo foi decorrente da forma personalista do presidente (Sérgio Santos Rodrigues), que não deu conhecimento à comissão instituída na época. Já começou errado ali”, comenta o conselheiro, fazendo referência à Comissão de Apoio para Constituição da SAF, formada por Alvimar Perrella, Bruno Lourenço, Paulo Henrique Pentagna Guimarães, Aquiles Diniz, Alexandre Azevedo, Pedro Lourenço e Régis Campos.
Saulo Fróes disse que é preciso bom senso de ambas as partes, já que existem interesses do Cruzeiro, “que temos que preservar, mas também existem os interesses do grupo do Ronaldo, a gente tem que reconhecer”. Fróes ponderou que o empresário está “correto em parte” e acrescentou que ele precisa de segurança jurídica. O conselheiro diz que é possível que a Raposa e o ex-camisa 9 da seleção brasileira e do próprio clube celeste cheguem a um acordo benéfico para todos os envolvidos.
“É uma questão de bom senso, de sentar na mesa e reunir o mais rápido possível para o Conselho aprovar (a compra da SAF pelo grupo de Ronaldo). Sou a favor, acho que o Ronaldo em parte tem razão, mas sempre citando o que acabei de mencionar aqui”, concluiu Saulo Fróes.