Horas depois da repercussão da saída do goleiro Fábio do time, o Cruzeiro se manifestou sobre o ocorrido por meio de comunicado, nesta quinta-feira (6). O clube esclarece que nas negociações com o jogador, foram feitas propostas que extrapolaram o ‘razoavél’.
Em publicação feita em suas redes sociais nesta quarta-feira (5), Fábio afirmou que estava disposto a receber dentro do teto salarial, inclusive aceitando as reduções previstas do contrato firmado para 2022 com o presidente Sérgio Santos Rodrigues. Porém, os novos valores propostos pelo Cruzeiro não foram aceitos, como diz a nota.
"A proposta respeitava também a imprescindível responsabilidade econômica da entidade. Necessário ressaltar que, ainda assim, sendo Fábio o ídolo que é, um importante sacrifício econômico foi feito. Foi oferecido ao jogador um contrato que certamente extrapolava o razoável para um clube publicamente deficitário".
O clube ainda se posicionou sobre a despedida do ídolo, e afirmou que foi oferecido ao atleta uma ampliação de vínculo até o fim do Campeonato Mineiro, para que ele pudesse se despedir da torcida devidamente, o que também não foi aceito. "A proposta era de que Fábio pudesse, em campo, ao longo do Campeonato Mineiro, se despedir da torcida como ele e a própria torcida merecem".
Em sua publicação, o próprio jogador afirmou que seu único pedido era que o contrato se encerrasse em dezembro deste ano, dentro do teto (salarial) que vinha sendo praticado, e não houve acordo.
Veja a nota na íntegra:
O Cruzeiro esclarece à sua torcida pontos importantes sobre a não renovação do goleiro Fábio. É fundamental lembrarmos que o Cruzeiro tem um desafio imenso de reorganização que precisa ser planejada e executada considerando a sobrevivência da entidade. Nesse sentido, a reestruturação precisa ocorrer em diversos campos: financeiro, organizacional, administrativo e, claro, esportivo. Muitas decisões não são populares mas precisam ser adotadas.
O projeto esportivo que vem sendo implantado considera critérios técnicos e a constituição de um plano de longo prazo para a instituição. As decisões no Departamento de Futebol visam a construção de uma equipe competitiva, sustentável e que esteja a altura da grandeza do clube. Foi exatamente um projeto nessas condições que foi apresentado ao goleiro de 41 anos, que o negou.
A proposta respeitava também a imprescindível responsabilidade econômica da entidade. Necessário ressaltar que, ainda assim, sendo Fábio o ídolo que é, um importante sacrifício econômico foi feito. Foi oferecido ao jogador um contrato que certamente extrapolava o razoável para um clube publicamente deficitário. Os termos desta proposta não foram aceitos pelo atleta e seu agente.
O Cruzeiro, desde o início e com enorme respeito, deixou claro que a proposta respeitava sua relevância e admirável história de 18 anos no clube. Fundamental esclarecer que o desejo do Cruzeiro era de ampliação de vínculo, embora não pelo mesmo prazo desejado pelo atleta. A proposta era de que Fábio pudesse, em campo, ao longo do Campeonato Mineiro, se despedir da torcida como ele e a própria torcida merecem. Inclusive, o Cruzeiro segue aberto para que inúmeras homenagens extracampo aconteçam.
Não é mais possível aceitar um perfil de administração que fez tantos clubes chegarem a um cenário de inviabilidade. O Cruzeiro tem clareza de que não há outra forma de manter a história de um dos maiores clubes de futebol do mundo que não seja com uma gestão responsável, com colaboradores e atletas que estejam plenamente alinhados a esse pensamento.