Cruzeiro já teve 6 técnicos em pouco mais de 2 anos da SAF de Ronaldo; relembre

Ronaldo Nazário entrou, em 2024, em seu terceiro ano à frente da SAF do Cruzeiro, e já se foram seis técnicos à frente do time profissional, contando com Nicolás Larcamón, demitido nesta segunda-feira (8/4). Clube-empresa, que possui discurso de gestão moderna e trabalhos a longo prazo, nesse quesito, tem tomado caminhos semelhantes aos dos modelos associativos com essa 'dança dos treinadores'.

Já contando com a contratação de um profissional para o lugar do argentino, serão sete nomes nessa nova era da Toca da Raposa. Relembre, abaixo, quais foram esses técnicos e as suas passagens pela equipe.

Paulo Pezzolano

O uruguaio foi o primeiro contratado pela gestão de Fenômeno, no início de 2022. Considerado uma aposta, realizou uma bela temporada naquele ano, especialmente pelo título do Brasileirão Série B e a tão aguardada volta à elite do futebol nacional.

Permaneceu no ano seguinte, que começou mal: o Cruzeiro foi eliminado para o América na semifinal do Campeonato Minero. Logo após a campanha, Pezzolano pediu demissão alegando desgaste – fato que já havia sido comunicado à diretoria no final da época anterior.

Ao todo, foram 68 partidas no comando, com 38 vitórias, 13 empates e 17 derrotas. Cerca de um mês depois, fechou com o Real Valladolid, da Espanha, também de Ronaldo. Atualmente, é criticado pela torcida local.

Pepa

Com perfil semelhante ao de Pezzolano, o português foi contratado em março de 2023 após passagem pelo futebol árabe. Chegou para comandar o time desde o início do Campeonato Brasileiro e ir o mais longe possível na Copa do Brasil.

Na liga, teve um ótimo início, mas o trabalho, que ficou marcado pela dificuldade do grupo em fazer gols, não emplacou. Pepa foi demitido em agosto do ano passado após uma derrota por 3 a 0 para o Grêmio. Em 26 jogos, seu time venceu 8, empatou 8 e perdeu 10.

Zé Ricardo

Observando um mercado difícil, a SAF escolheu Zé Ricardo, com história principalmente no futebol carioca, para ser o treinador. Veio no início de setembro de 2023 após um trabalho ruim no Japão.

Apesar de uma estreia arrasadora – 3 a 0 sobre o Santos na Vila Belmiro, durou apenas 10 jogos, e deixou a equipe brigando contra o rebaixamento, em novembro. Acumulou 3 triunfos, 2 empates e 5 reveses.

Autuori e Seabra

Com apenas seis jogos restando para o término da competição, a direção do Cruzeiro preferiu ir pelo 'caseiro', convencendo o histórico técnico Paulo Autuori, então diretor técnico, a assumir o comando da equipe ao lado de Fernando Seabra, treinador do sub-20. A dupla deu certo para o principal objetivo proposto.

Com duas vitórias e quatro empates, o Cruzeiro se salvou da degola e terminou a Série A na 14ª posição. Depois dali, a cúpula celeste pôde trabalhar com mais tranquilidade para buscar um novo treinador.

Nicolás Larcamón

Jovem, como Pezzolano e Pepa, o argentino Nico assinou após se destacar pelo León, do México. Modelo de trabalho não desagradou a China Azul a princípio, especialmente pelo desempenho no Campeonato Mineiro, onde terminou como melhor da fase classificatória e venceu o Atlético na Arena MRV.

Mas gerou a ira da torcida com escolhas supostamente equivocadas e derrotas em momentos decisivos. Vexatoriamente, perdeu para o Sousa, da Paraíba, na primeira fase da Copa do Brasil, e viu o título estadual escapar para o maior rival, num Mineirão lotado de cruzeirenses.

Das 14 partidas no comando do time profissional, Larcamón acumulou 7 vitórias, 4 empates e 3 derrotas: para Sousa, Coelho e Galo. Seu aproveitamento é de aproximadamente 59%. Foram 21 gols marcados e 13 sofridos.