Cruzeiro: juiz não cita em súmula que torcedor que jogou bomba foi identificado

Com atuação questionada pelo Cruzeiro no empate em 1 a 1 com o Athletic, sábado (27), na Arena do Jacaré, em Sete Lagoas, o árbitro Vinícius Gomes do Amaral pode, indiretamente, acabar 'complicando' a situação da Raposa em um possível julgamento no Tribunal de Justiça Desportiva (TJD).

Na súmula da partida, o árbitro destacou que na reta final da partida, bombas foram jogadas por torcedores celestes, mas não citou que o torcedor responsável pelo ato foi identificado.

"Aos 47 minutos do segundo tempo, foi arremessado pela torcida do Cruzeiro Esporte Clube artefatos explosivos em direção ao campo de jogo", anotou Vinícius Comes do Amaral. 

Ocorre que, com a ajuda da própria torcida, o homem que jogou as bombas em campo foi identificado e detido pela Polícia Militar, fato que acabou 'ignorado' na súmula da partida.

O Cruzeiro teve que enfrentar o Athletic em Sete Lagoas justamente em função de estar punido por arremessos de objetos em campo por parte de sua torcida no clássico com o Atlético na fase de grupos do Campeonato Mineiro do ano passado.

Agora, no caso da reincidência, o Cruzeiro deve voltar a ser denunciado no TJD. A identificação e detenção do autor dos arremessos das bombas deve ser um fator utilizado pelo departamento jurídico celeste para tentar evitar nova punição ao clube em um possível futuro julgamento.

O árbitro Vinícius Gomes do Amaral teve atuação criticada pelo Cruzeiro não só em função de 'amarrar o jogo', mas, principalmente, de um possível pênalti não marcado para a Raposa em lance em que a bola toca na mão do volante Walisson.

Por 'ironia', o gol do Athletic foi marcado por Jhonatas, em cobrança de pênalti, assinaldado exatamente após a bola tocar na mão do atacante celeste Dinenno, dentro da área.