Bastidores

Dalai descarta Cruzeiro 'sem comando' caso eleições de maio não ocorram

Presidente em exercício voltou a reforçar que eleições eletrônicas não estão previstas no estatuto da Raposa, e pediu bom senso às partes discordantes

Por Josias Pereira
Publicado em 30 de março de 2020 | 14:29
 
 
 
normal

Uma mensagem compartilhada nas redes sociais dando conta da obrigação de realizar-se as eleições do próximo dia 21 de maio, evitando assim que o Cruzeiro fique sem comando e permitindo que Paulo Pedrosa, presidente do conselho fiscal, assuma a Raposa, foi negada por José Dalai Rocha, presidente em exercício celeste. O dirigente salientou, em entrevista ao Super.FC, que não há tal possibilidade de vacância no comando celeste. 

"Enquanto não se realizam eleições por fato grave, superveniente, independentemente da vontade das partes, não há vacância de comando no Cruzeiro", disse o dirigente. 

Na mensagem compartilhada nas redes sociais utiliza-se a ata de renúncia dos dirigentes do ano passado para sustentar a vacância no comando da Raposa. A disputa nos bastidores em torno da eleição acontece no momento em que o conselho gestor anunciou na última semana que vai se retirar da administração do clube caso ocorram as eleições de maio. O grupo deseja a continuidade. 

Dalai, mais uma vez, voltou a pregar o bom senso entre as partes, afirmando que o momento vivido pelo mundo pede compreensão. 

"As eleições gerais no Cruzeiro estão marcadas para 21 de maio mas, obviamente condicionadas á autorização das autoridades sanitárias. Neste momento, o mundo está de quarentena, inclusive o Barro Preto. Se não devemos nos reunir nem com a diretoria e por isto optamos por vídeo conferências, como reunir 400 pessoas?", indaga Dalai Rocha. 

Ele também voltou a salientar a impossibilidade de uma votação eletrônica, como vem sendo solicitado por conselheiros. 

E não se fale em voto virtual pois o nosso Estatuto exige voto pessoal.  Ao contrário do que vem se divulgando, ele não prevê voto virtual.  A expressão contida no parágrafo segundo do art.  23 -  “sistema eletrônico de votação “ se refere a urnas eletrônicas que são cedidas pelo TRE e que susbstituem, em muitos casos, as urnas de sacolas. O eleitor, presente na seção eleitoral, aperta a tecla e vota. Voto presencial", explicou Dalai. 

Dalai destacou em sua fala que a agitação política no clube remonta ao período do fim do ano passado, quando a Raposa atravessou um período de extremos conflitos sobre qual o caminho deveria ser tomado em termos administrativos. 

"O ideal seria que se compreendesse que a situação do mundo está sob controle das autoridades sanitárias; e que o Cruzeiro, se era uma nau sem rumo em dezembro passado hoje é, possivelmente, um dos três clubes mais saneados do Brasil; tudo sob controle, enfrentando ainda situações gravíssimas, mas com planejamento lógico. Auditoria contratada, investigações em andamento, com a Kroll", salientou o dirigente. 

"Onde a urgência? Porque não podemos nos livrar, antes, do confinamento? Se o Conselho Gestor está colocando a casa em ordem, onde está o perigo de aguardamos as condições tranquilas para realizarmos às eleições? Porque esta sofreguidão como se estivéssemos vivendo o Cruzeiro de dezembro?", encerrou Dalai Rocha 

Atualmente, duas chapas concorrem à eleição 'tampão' do Cruzeiro. A do conselho gestor, que tem Emílio Brandi como candidato à presidente, e Celso Luiz Chimbida e Anísio Ciscotto como vices. A outra é formada por Sérgio Rodrigues, que volta a disputar a eleição à presidência, e terá como vices Biagio Peluso e Lidson Potsch. 

Notícias exclusivas e ilimitadas

O TEMPO reforça o compromisso com o jornalismo profissional e de qualidade.

Nossa redação produz diariamente informação responsável e que você pode confiar. Fique bem informado!