Jogo vendido? Combinado? Ex-Cruzeiro, Léo dá versão sobre o 6 a 1 no Atlético

Muitas são as teorias da conspiração em torno de um dos clássicos mais emblemáticos entre Cruzeiro e Atlético, a goleada da Raposa por 6 a 1 sobre o rival em 4 de dezembro de 2011. O jogo foi vendido? Algo foi combinado para salvar o time celeste do rebaixamento?

Distante das suposições de muitos torcedores, a explicação de um dos personagens daquela história, Léo, ex-zagueiro do Cruzeiro, é muito mais simples e factível: a diferença foi a intensidade com que cada equipe encarou o duelo.

Celestes e alvinegros brigavam contra o rebaixamento até a reta final daquele Campeonato Brasileiro. O Atlético se salvou na penúltima rodada, ao golear o Botafogo por 4 a 0 na Arena do Jacaré. O Cruzeiro, por outro lado, precisava vencer o rival, no mesmo estádio, para se livrar da degola. "Naquele jogo, fomos escoltados por oito camburões, havia aquela pressão na arena", relembra Léo em entrevista a O TEMPO Sports.

"Fomos para a última rodada com 'sangue no olho', com pressão, e o Atlético não, então relaxou e baixou a guarda", analisa o ex-zagueiro, que naquela partida atuou improvisado como lateral-direito e foi para o 'sacrifício' com uma lesão grau um no músculo adutor da coxa.

Bastou a bola rolar para a tensão mudar de lado. Ao fim do primeiro tempo, a Raposa já abria 4 a 0, com gols de Roger, Leandro Guerreiro, Anselmo Ramon e Fabrício. No intervalo, conta Léo, a ideia era manter o ritmo para aumentar a vantagem. "Porque a adrenalina já estava impregnada na gente e era uma atmosfera muito grande."

Wellington Paulista e Everton ampliaram na etapa final, com Réver descontando para o Atlético. "Chegamos ao 6 a 1, que, hoje, às vezes é mais lembrado do que alguns títulos", destaca o ex-zagueiro.