Léo relembra teste machucado no Cruzeiro após cair de caminhão; entenda

A foto que ilustra essa matéria registra Léo, aos 30 anos, erguendo a taça da Copa do Brasil de 2018, o quarto título nacional conquistado por ele com a camisa do Cruzeiro. Uma imagem que dificilmente o ex-zagueiro consideraria crível em 2000, quando foi recusado em um teste na Toca da Raposa I.

Natural de Belo Horizonte, Léo morava no bairro Eldorado, limite de Contagem com a capital mineira, quando, aos 12 anos, foi ao clube do coração para mostrar seu talento. O percurso de 15 km até o centro de treinamento celeste, no bairro Bandeirantes, foi feito em um ônibus e na traseira de um caminhão — peripécia que acabou mal para o adolescente.

"Peguei o primeiro ônibus e cheguei ao ponto, mas o segundo que eu pegaria já tinha passado. Pensei: o que vou fazer? Passou um caminhão com a caçamba aberta e peguei carona, mas o caminhão virou em uma rua que não era em direção à Toca", relembra o ex-jogador em entrevista a O TEMPO Sports.

"Eu tinha que descer do caminhão, mas ele não parava, estava em velocidade. Era sol de uma hora da tarde, o asfalto pegando fogo. Me joguei do caminhão. Tenho marcas até hoje desse capote. Fiquei todo machucado, peguei minha mochilinha e fui fazer o teste", conta.

Léo foi recusado na 'peneira', mas seguiu em busca do sonho de jogar futebol enquanto era orientado por um treinador, Antonino, em campos amadores de BH e região. "Treinamos no bairro Minas Caixa e no Justinópolis, por exemplo", afirma.

"O Antonino falava: fica tranquilo, continua treinando que um dia eles ainda vão te comprar. Um ou dois meses depois, ele conseguiu um teste para mim no Grêmio. Lá, fiquei durante um mês em um teste", diz o ex-jogador, que acabou revelado pelo clube gaúcho em 2007 e só chegou ao Cruzeiro em 2010, após passagem pelo Palmeiras.