Perda de mando de campo

No TJD: Procuradoria quer punição maior ao Cruzeiro por incidentes do clássico

Julgamento de recurso do Cruzeiro contra perda de dois mandos de campo é remarcado para terça-feira (28) no TJD; procuradoria pede aumento da pena

Por O Tempo Sports
Publicado em 26 de março de 2023 | 17:42
 
 
 
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A entrada do Cruzeiro com um recurso no Tribunal de Justiça Desportiva (TJD) de Minas Gerais contra a perda de dois mando de campo em função dos incidentes registrados no clássico contra o Atlético, no Independência, pode acabar tendo um efeito ainda pior: a Procuradoria defende um aumento da pena ao time celeste.

O julgamento está na pauta do tribunal Pleno do TJD para a próxima terça-feira (28), em horário ainda indefinido. E o time celeste corre risco de pegar até dez partidas de perda de mando de campo.

No primeiro julgamento, realizado em 7 de março, o Cruzeiro foi punido com aplicação de multa de R$ 20 mil além da perda de dois mandos de campo.

Entretanto, como naquela ocasião houve empate entre os votantes no que diz respeito ao número de mando de campos que a Raposa deveria perder, a Procuradoria entendeu que cabe o pedido pelo aumento da punição.

Pouco depois do julgamento em primeira instância, o Cruzeiro entrou com o recurso. Agora, se for condenado, terá que cumprir a perda de mando de campo em jogos do Campeonato Mineiro de 2024, já que a punição vale apenas para competições organizadas pela Federação Mineira de Futebol (FMF).

Pela legislação, o clube teria que mandar suas partidas em algum estádio distante ao menos 50 quilômetros de Belo Horizonte. Neste sentido, a Arena do Jacaré, em Sete Lagoas, apareceria como opção mais provável.

Neste ano, o Cruzeiro já mandou em Sete Lagoas o clássico com o América, pelo duelo de ida da semifinal, já que, pelo acordo firmado com o Coelho, a equipe alviverde já havia afirmado que não jogaria como 'visitante' no Independência.

Incidentes do clássico

No clássico entre Cruzeiro e Atlético,disputado no Independência, ainda pela primeira fase do Campeonato Mineiro, mais de 90% dos ingressos foram destinados à torcida celeste.

A partida teve que ser paralisada pela arbitragem em ao menos quatro oportunidades em função do aremesso de copos, chinelos, pilhas, isqueiros e outros objetos no gramado, tudo devidamente registrado na súmula do jogo.

Também foi citado o aremesso de uma bomba próxima ao goleiro Rafael Cabral, que teria vindo da parte da arquibancada que era ocupada por torcedores do próprio Cruzeiro.

Como mandante do jogo, o Cruzeiro é responsabilizado pelas "desordens em sua praça de desporto e lançamento de objetos no campo", conforme prevê o artigo 213 do Código Brasileiro de Justiça Desportivo, nos incisos I e III e parágrafo primeiro.

Em campo, Cruzeiro e Atlético acabaram ficando no empate em 1 a 1 naquela ocasião. Bruno Rodrigues fez o gol celeste.

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