O Cruzeiro volta a campo neste domingo, às 16h, no Maracanã, para enfrentar novamente o Flamengo, agora pela 18ª rodada do Campeonato Brasileiro. Uma partida em que, inevitavelmente, a Raposa terá em campo um time alternativo. O pensamento já está voltado para o Santos, na quarta-feira, às 19h30, no Mineirão, quando o time celeste joga para confirmar a vaga nas semifinais da Copa do Brasil. Em oitavo lugar na tabela de classificação do Brasileiro, com 25 pontos, o Cruzeiro quer voltar a vencer no torneio nacional. Já são três jogos sem vitória e apenas um gol marcado nestes confrontos. 

Uma situação que é lamentada por Mano. Na visão do técnico, o time tem potencial para atuar em outro nível no Brasileiro. Porém, o comandante reconhece as dificuldades em motivar o time para um torneio de pontos corridos. As questões físicas e mentais impedem o mesmo tipo de comprometimento do elenco.  

"Existem duas situações muito claras na preparação para os jogos. Uma é a parte física porque dois dias depois não tem como oferecer aquilo que você apresentou no meio ou fim de semana. E a outra é a questão mental. Toda vez que você vai para um jogo mais decisivo, do caráter da Copa do Brasil e da Libertadores, agora neste momento que é mata-mata, você eleva muito essa parte mental de concentração e tudo mais. O que acontece nas horas seguintes? Os jogadores relaxam. Não tem jeito. É a recuperação disso. E como não tem um botão de ligar e desligar você não pode fazer isso retornar ao mesmo nível", analisa Mano Menezes. 

Para mudar este quadro, Mano Menezes defende a escalação dos reservas, atletas que encaram neste tipo de compromisso uma possibilidade de mostrar o potencial que muitas vezes não é visto em outros jogos. 

"São jogos de características diferentes. O Brasileiro é de pontos corridos, mesmo que você fale o que você quiser, o cérebro vai falar 'não é decisivo, não é igual'. É um pouco diferente. Muitas vezes a gente escolhe um outro caminho para manter este foco, esta determinação, e essa parte física com os jogadores que não atuaram para tentar jogar melhor", encerra Mano Menezes.